A resposta veio através dos acordos onde os diretores da estatal brasileira confessam os crimes cometidos
Governadora do Estado de Pernambuco, Raquel Lira, Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Foto: Ricardo Stuckert / PR O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) de ter se juntado com juízes e procuradores brasileiros contra a Petrobras. Ele se refere aos escândalos de corrupção realizados dentro da estatal.
– Tudo o que aconteceu nesse país foi uma mancomunação entre alguns juízes desse país, alguns procuradores desse país, subordinado ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos que queriam e nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras – disse o petista.
A fala, dita nesta quinta-feira (18), fez parte do discurso do presidente durante visita à refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, um dos símbolos do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato. A construção da refinaria gerou um prejuízo de 14 bilhões de dólares (cerca de R$ 68 bilhões) e os diretores da Petrobras foram responsabilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Mas, na visão de Lula, os Estados Unidos “não queriam que a gente tivesse a Petrobras em 1953” e, por isso, o DOJ teria apoiado as investigações.
O jornalista Samuel Pancher, do Metrópoles, entrou em contato com o Departamento de Justiça do EUA e, como resposta, recebeu a cópia do acordo que a estatal fez com a justiça norte-americana confessando os crimes cometidos.
Departamento de Justiça dos EUA reage à fala de Lula enviando cópia de acordo com a Petrobras.
Consultado pelo @Metropoles, o DOJ não respondeu diretamente à acusação feita pelo presidente sobre um possível complô para prejudicar a estatal.
A porta-voz, no entanto, enviou o… pic.twitter.com/l7LfTItaxo
— Metrópoles (@Metropoles) January 19, 2024