Deltan sobre decisão de Dias Toffoli: “Pacotão” da impunidade

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Toffoli foi citado nos acordos de leniência da Lava Jato como “amigo do amigo do meu pai”

Deltan Dallagnol e Dias Toffoli Foto: Lula Marques/ A
gência Brasil; Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

O ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, declarou que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que suspendeu os pagamentos do acordo de leniência homologados com a Novonor, antiga Odebrecht, faz parte do que chamou de “grande pacotão” a fim de livrar políticos e empresários, garantindo a estes a impunidade

– É um grande pacotão no qual as pessoas que confessaram praticar crimes estão saindo impunes, e outras estão tendo os casos anulados – observou.
Para Dallagnol, trata-se de “um grande pacotão no qual as pessoas que confessaram praticar crimes estão saindo impunes, e outras estão tendo os casos anulados”.
– E quem paga o pato disso tudo é, sempre, a sociedade. Sempre foi assim no Brasil. Os corruptos saem impunes. E o Supremo Tribunal Federal está garantindo que isso continue da mesma forma – disse.
O ex-parlamentar advertiu que a decisão de Toffoli pune a sociedade, que é a dona do dinheiro em questão, e “beneficia uma empresa que desviou dinheiro público”.
TOFFOLI: “O AMIGO DO AMIGO DO MEU PAI”
Vale lembrar que o ministro Dias Toffoli foi citado nos acordos de leniência pelo empresário Marcelo Odebrecht. Ele mencionou o envolvimento do magistrado no esquema de corrupção, a quem se referia nos e-mails internos como “amigo do amigo do meu pai”, se referindo à amizade que Toffoli tem com Lula desde quando advogou para o PT.
Procuradores da Lava Jato concluíram que havia indícios suficientes para comprovar “o possível cometimento de fato penalmente relevante por José Antonio Dias Toffoli, praticado à época em que ocupava o cargo de advogado-geral da União”.

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