Defesa de Inês e Vasco ressalta legalidade de delação e aponta ‘obstrução’ da operação

Operação Faroeste

OPERAÇÃO FAROESTE

Defesa de Inês e Vasco ressalta legalidade de delação e aponta 'obstrução' da operação
         Foto: Reprodução

A defesa da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli e do filho, Vasco Rusciolelli, criticou o vazamento da delação de ambos. Responsável pela defesa, o advogado Pedro Henrique Duarte, ressaltou a legalidade da delação e apontou para uma “obstrução” para fases da Operação Faroeste.

“Os investigados devem se defender dos fatos, não adotar essas medidas para criar óbices à imagem deles. A colaboração é regularizada, válida no ordenamento. Vazaram só o nosso, da minha cliente. Tem uma tentativa de obstrução da efetivação da sexta e sétima fase. Querem desqualificar Sandra e Vasco. Tivemos o cuidado de apresentar elementos de provas. É temerário o vazamento, alguns não foram investigados. Teremos um prejuízo a operação”, disse ao Bahia Notícias. 

Pedro comentou ao Bahia Notícia que, desde quando foi contratado pelos delatores, sempre existiu o desejo deles para realizar a delação. “Fabiano Pimentel ficou com a defesa da desembargadora e eu com a defesa de Vasco, e para a delação. Tratativas durante a pandemia. Contra o Vasco algumas ações foram tidas contra ele, um caso de tentativa de matá-lo. Sempre levamos para o Ministério Público. Surgiu então a divulgação de uma suposta delação, então comunicamos ao Ministério Público Federal”, explicou. 

“Em novembro, entregamos a petição final, foram 39 anexos apresentados. Os investigados e denunciados começaram a tentar uma série de recursos e medidas. Vimos outras tentativas de obstrução, e também enviados ao MP. Não houve defesa deles no ato procrastinatório. Em dezembro, foi efetivada a 6º e 7º fase da Faroeste. A partir daí começou a via crucis. Advogados tentaram com uma interpelação, e disseram que a assinatura não era minha”, revelou ao BN.

O advogado apontou que o sigilo só pode ser suspenso a partir do momento em que a denúncia é recebida. “Nenhuma delas no processo [as denúncias]. Sequer existe denúncia recebida contra eles. Desde quando foi homologada a delação, eles deveriam ter sido postos em liberdade. Vários pedidos pendentes. Quem disponibilizou foi criminoso. Realmente fica confirmada a situação trazida por nós. A defesa dos investigados nas demais operações, pois acusam de vazamento, e na realidade, os próprios advogados vazaram. Quem desvendou a caixa preta foi Júlio César Cavalcanti”, comentou.

“Diferente do que está sendo veiculado, a colaboradora não assina nem sequer 10% dos anexos. Foi uma colaboração conjunta, fato inédito. Estamos falando de uma mãe, que se viu presa, com seu filho preso. O Vasco tem uma situação familiar, tem causado um transtorno. A desembargadora não delatou todo mundo, tem pessoas mencionadas que estavam já em ação penal. Os fatos novos não veiculam a participação. Existe um esquema que está sendo investigado”, finalizou. 

Bahia Notícias

Deixe uma resposta