Cláudio Humberto
Entorpecido pela “cruzada” contra “fake news”, o STF (Supremo Tribunal Federal) mete os pés pelas mãos mostrando que seus ministros não precisam de inimigos, que só vê na direita. Dias após o STF espancar a Constituição, rasgando o trânsito em julgado e instituindo a insegurança jurídica, Ricardo Lewandowski foi a um evento do PT e MST para criticar a democracia “liberal burguesa”, definida na Carta Magna que jurou defender, e apoiou o atraso: a revogação das reformas já conquistadas.
Ora, a Constituição
STF gerará crise de proporções bíblicas, falências e desemprego, por rasgar a proteção constitucional (art. 5º, parágrafo 36) à “coisa julgada”
Insegurança jurídica
A decisão do STF condena empresas a pagarem 5 anos de impostos que não eram devidos por sentença transitada em julgado da própria Justiça.
Não era fake news
“Só pode ser fake!”, escreveu em seu Twitter o senador Rogério Marinho (PL-RN) sobre Lewandowski. Não era fake.
Apenas 2 exemplos
Após o STF “cancelar” a coisa julgada, o mercado estima em R$300 milhões o rombo no Pão de Açúcar e de R$1,5 bilhão na Embraer.
Deputados ligados ao agro querem mudar Conab
Deputados ligados ao agronegócio querem mudar a estrutura da Cia Nacional de Abastecimento (Conab) para reduzir a influência do PT no setor. Parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária rejeitam Edegar Pretto, petista ligado ao MST, no comando da estatal. O deputado Pedro Lupion (PP-PR) vai além e quer tirar a Conab do guarda-chuva do Ministério do Desenvolvimento Agrário de Paulo Teixeira (PT).
Falta habilidade
O ministro é criticado na FPA por declarações desastrosas, como chamar de “papel de pão” títulos de propriedade concedidos por Jair Bolsonaro.
Mudança
A turma do Agro defende que a Conab, estratégica para o setor, fique com a pasta da Agricultura, do ministro Carlos Fávaro (PSD).
O favorito
Na Frente Parlamentar, avaliam que o agropecuarista Fávaro sabe o que o setor precisa. Não dizem o mesmo de Teixeira, muito menos de Pretto.
Mãe gentil e burguesa
As redes sociais se divertiram ironizando o discurso de Ricardo Lewandowski e sua crítica à nossa “democracia liberal burguesa” que paga quase R$50 mil mensais a ministros do Supremo Tribunal Federal.
Trabalhador não entra
O PT dará nova facada em lobistas e empresários, exigindo de 500 a 20.000 reais para ter assento no jantar dos 43 anos do partido, nesta terça (14). O otário terá direito a um aceno ou um abraço caloroso em Lula, a depender da conta bancária. Trabalhador na farra, nem pensar.
Acuri mandou bem
Bancos tipo XP e C6, grandes anunciantes, e big techs demitiram parte dos funcionários contratados na pandemia. Mas quem teve de se explicar foi a esplêndida Nathalia Acuri, 7,3 milhões de inscritos no Youtube e CEO do Me Poupe. Sua resposta foi sensacional: “Não somos ONG”.
Corta essa
O Planalto sondou os presidentes Rodrigo Pacheco (Senado) e Arthur Lira (Câmara) sobre a estabilidade do cargo de presidente do Banco Central. Possível alteração foi prontamente desaconselhada pelos dois.
Nu deu pau
Coisa estranhas continuam acontecendo na Bolsa. Nesta segunda (13), durante horas, a popularíssima corretora Nuinesvt não conseguiu registrar transferências de muitos dos mais de 2 milhões de clientes.
Povo é que sofre
No DF, o Hospital do Paranoá continua fazendo vergonha aos serviços públicos de saúde: leitora esperou das 10h às 23h para ser atendida, apesar da pulseira laranja, da tosse, febre e dores persistentes.
Deu samba
Na Câmara dos Deputados há um frenesi para encurtar a já curtíssima semana de trabalho. O motivo é o Carnaval. Ao que tudo indica, as atividades devem acabar já na quarta-feira (15) pela manhã.
Peso medido
O ex-presidente Bolsonaro foi às redes destacar conquistas de seu governo, como o InovaGrafeno e o Rota 2030. Lula, que menciona Bolsonaro em todos os discursos, não aparece nas redes do ex.
Lanterna na popa
Ataques ao Banco Central e à Procuradoria do Banco Central não seriam atos antidemocráticos contra as instituições?
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO