Em meio a embate com o União Brasil, saída de ministra do Turismo é considerada iminente
Daniela Carneiro e presidente Lula Foto: Roberto Castro/ MTUR
O prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, conhecido como Waguinho, (Republicanos-RJ), declarou que ele e sua esposa, a ministra do Turismo Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) pagaram “um preço muito caro” pelo apoio à campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado do Rio de Janeiro.
Nas palavras de Waguinho, o estado fluminense é um “território bolsonarista”, o que fez a posição do casal ser um desafio ainda maior. Segundo ele, seus filhos precisaram trocar de colégio após sofrerem ameaças.
– A ministra Daniela é de um estado importante, o Rio de Janeiro, território totalmente bolsonarista, onde nós levamos a campanha do presidente Lula em toda a Baixada Fluminense, no interior, no noroeste. Encorajamos muitas pessoas e pagamos um preço muito caro por isso – disse o prefeito em entrevista à GloboNews, nesta segunda-feira (12).
Waguinho defende que Daniela foi escolhida para ser ministra do Turismo como “cota pessoal” de Lula e não do União Brasil, partido do qual a ministra quer se desfiliar.
Por exigência do partido, a saída de Daniela da pasta do Turismo está praticamente definida. Lula ainda terá uma conversa nesta semana com o prefeito Waguinho, para acertar “compensações” pela dispensa de Daniela, que podem incluir indicações para a chefia da Embratur. Mas o União Brasil já considera a Embratur como uma “extensão” do ministério.
Após rota de colisão com o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), Waguinho deixou o partido e se filiou ao Republicanos, assumindo o comando da legenda no Rio. Daniela e outros cinco deputados fluminenses entraram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se desfiliar do União Brasil sem perder o mandato, sob o argumento de assédio político.
Embora a decisão judicial ainda não tenha saído, a ministra também já negocia a filiação ao Republicanos.
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