Denúncias envolvem destruição de ponte, impedir construção de escola, violência e ameaças de morte
As denúncias foram enviadas à procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos. (Foto:Reprodução/Agência Senado).
Mael Vale
O senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Organizações Não Governamentais (ONGs), e outros membros do colegiado entregaram denúncias contra agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) à procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos.
As acusações são de moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, e incluem destruição de uma ponte, impedimento da construção de uma escola e até violência física e ameaças de morte.
Valério enfatizou a gravidade das denúncias durante a reunião, comparando a situação na Reserva Chico Mendes a um “regime de escravidão”. Devido à seriedade das acusações, a entrega do material não pôde esperar até o final da CPI.
O relator da CPI, Márcio Bittar (União-AC), criticou a “permissão dada pelo Brasil para que órgãos ambientais atendam aos interesses de ONGs internacionais”, alegando que isso ameaça a soberania do país.
A procuradora Elizeta Ramos, ao receber as denúncias e um pendrive com vídeos de depoimentos, prometeu que iria “imediatamente ler, ouvir e encaminhar” aos órgãos competentes.
O presidente do ICMBio, Mauro Oliveira Pires, negou as denúncias de excessos na abordagem dos agentes do órgão contra os moradores da reserva, mas afirmou que as acusações serão investigadas.