Presidente da Argentina, Alberto Fernández Foto: EFE/Ballesteros
Milhares de usuários voltaram a sofrer cortes de luz em Buenos Aires e nos arredores nesta sexta-feira (14). A Argentina atravessa uma onda de calor extremo e consumo recorde de energia, o que levou o governo a tomar uma série de medidas para priorizar a energia residencial.
Segundo os dados coletados pelo Ente Nacional Regulador da Eletricidade (ENRE), 78.295 clientes estavam sem fornecimento de eletricidade na área metropolitana de Buenos Aires às 16h40 (horário de Brasília), cerca de 64.812 na área de concessão da empresa de distribuição Edesur e 13.483 na área da empresa Edenor.
Entretanto, o ENRE havia relatado que às 8h20 ocorreram interrupções na Estação de Transformação de Edison e na de Nuevo Puerto, que afetaram aproximadamente 200 mil usuários na área de concessão da Edenor.
Estas interrupções ocorrem em um momento em que a Argentina atravessa uma onda de calor extremo nesta semana que pode resultar, nesta sexta-feira na cidade de Buenos Aires, em uma temperatura máxima de 42 graus Celsius, de acordo com o Serviço Meteorológico Nacional.
Para mitigar uma crise na área residencial, o governo do presidente Alberto Fernández tomou na quinta-feira (13) uma série de medidas para poupar energia.
O governo ordenou aos funcionários públicos que trabalhassem remotamente a partir do meio-dia de quinta e sexta-feira. Além disso, pediu a várias câmaras do setor industrial, que consome 30% da energia total, para que reduzissem o consumo de energia nos dois dias.
Fernández agradeceu publicamente aos empresários na quinta-feira.
– Eles nos acompanharam. Perceberam que, ao querer produzir ou continuar produzindo, estavam gerando um impacto negativo onde eles mesmos ficavam sem energia – analisou.