Corregedor do CNJ já afastou 22 magistrados e derrubou 12 perfis

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Apenas no último ano já foram abertos 50 processos administrativos disciplinares contra magistrados

Ministro Luis Felipe Salomão, corregedor do CNJ Foto: Rômulo Serpa/Agência CNJ

A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu, apenas no último ano, 50 processos administrativos disciplinares contra magistrados e afastou cautelarmente 22 deles. O ministro Luís Felipe Salomão, que faz parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que é o responsável pela Corregedoria do CNJ, terá mais um ano à frente das apurações.

Uma das investigações administrativas mais rumorosas é sobre a gestão das multas dos acordos de delação e leniência da Operação Lava Jato. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) é alvo do procedimento, que também vai verificar se ele usou a carreira na magistratura como plataforma política.

Também partiu do corregedor a ordem para investigar se juízes e servidores do Poder Judiciário participaram dos protestos do dia 8 de janeiro. O ministro mandou levantar postagens nas redes e pediu informações de investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao longo do último ano, a Corregedoria do CNJ ainda endureceu a fiscalização sobre o uso de redes sociais pelos juízes. Perfis de 12 magistrados foram derrubados em meio a 31 investigações. O bloqueio das contas é inédito em procedimentos administrativos. Juízes são proibidos de publicarem manifestações político-partidárias ou críticas a decisões judiciais.

*AE

 

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