O ministro Marco Aurélio, que se prepara para se aposentar do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (5) que é contra o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, como defende setores da oposição.
Para o magistrado, Bolsonaro foi eleito pela vontade da maioria dos brasileiros para um mandato de quatro anos e isso lhe deve ser assegurado.
Sete presidentes da República passaram pelo Planalto durante os 31 anos de Marco Aurélio Mello no Supremo.
Decano do Supremo, o ministro vai se aposentar compulsoriamente na segunda-feira da semana que vem, quando completa 75 anos, e concedeu entrevista ao programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.
Marco Aurélio defende a urna eletrônica e vê nas críticas ao sistema a “preparação para impugnar o resultado da eleição em 2022”.
Ele estava no comando do Tribunal Superior Eleitoral nas primeiras eleições informatizadas, há 25 anos. Segundo Marco Aurélio, o voto eletrônico “preserva a vontade do eleitor”, ao contrário do que muitas vezes acontecia antes.
Sobre seu sucessor no STF, o ministro disse torcer para que a cadeira seja ocupada pelo atual advogado-geral da União, André Mendonça, ou pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.
No entanto, ele diz que há outros bons nomes e lembra que, a exemplo da nomeação de Kássio Nunes Marques, o presidente Bolsonaro pode “surpreender”.
O ministro Marco Aurélio foi entrevistado no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, pelos jornalistas Thays Freitas, Marco Antonio Sabino e Cláudio Humberto.