Afinado em resultados sempre muito generosos com candidaturas do PT, uma confirmando a outra, o chamado “consórcio de institutos de pesquisas” começa a dar sinais de falta de consenso. Em apenas dois dias, Ipec (ex-Ibope) e Quaest apresentaram resultados tão distintos em pesquisas de intenção de voto para presidente, no Estado de São Paulo, que viraram motivo de desconfiança no meio dos pesquiseiros.
Dois dias os separam
Enquanto na terça (6), o Ipec divulgava Lula na liderança, com 44% a 28%, na quinta (8), o Quaest cravou Bolsonaro na frente: 37% a 36%.
Muito esquisito
Curiosamente, ambas juram “índice de confiança de 95%”. O Ipec ouviu 1.504 eleitores em São Paulo, enquanto o Quaest entrevistou 2 mil.
Atenção aos detalhes
Aos que alimentam suspeitas de pesquisas supostamente anabolizadas, especialistas recomendam ler as “letras miúdas” da amostragem.
Credibilidade
Três semanas antes, o Paraná Pesquisas, que não faz parte do tal “consórcio”, apontou Bolsonaro na liderança em São Paulo: 40,3 a 35,5%.
‘Aposta’ de milionários é pulverizar doações
Os cinco maiores doadores das Eleições 2022 já tiraram, até agora, mais de R$13 milhões dos próprios bolsos para ajudar a eleger seus preferidos. A maioria tenta “diversificar” aplicações, mas há exceções Maior doador, Rubens Ometto, da distribuidora Raízen, doou R$5,75 milhões para 21 candidatos de 12 partidos em 11 Estados e no DF, enquanto Heitor Linden fez “aposta única” de R$2,6 milhões em Roberto Argenta (PSC), candidato ao governo do Rio Grande do Sul.
Sem ideologia
Os outros quatro maiores doadores da campanha deram R$12,4 milhões a candidatos de 16 partidos, da esquerda à direita.
Pulverização
Jose Salim Mattar Junior (Localiza) apoia 27 candidatos com R$3,125 milhões. Banqueiro, Candido Bracher deu R$1,5 milhão em 10 estados.
Quem diria
Fechando top 5, Arminio Fraga doou R$1,4 milhão. Curiosidade é que o maior beneficiado é Marcelo Freixo, candidato de extrema-esquerda.
Outra história
Para o constitucionalista Antonio Carlos de Freitas Junior, ato em carro de som privado, sem faixa presidencial, é perfeitamente legal. “Impedir Bolsonaro de pedir voto no 7 de Setembro é um ilícito eleitoral”, cravou.
Chupa, Lula
Na manhã seguinte ao desfile dos “fascistas” dirigindo tratores na Esplanada, o agronegócio deu mais uma notícia excelente para o Brasil: a safra recorde de 271,2 milhões de toneladas de grãos.
Acabou no Irajá
Escanteada da campanha do ex-chefe Lula, a ex-presidente impichada Dilma virou garota propaganda do candidato a deputado Paulo Teixeira, em São Paulo, que foi líder durante a “resistência ao golpe”, diz ela.
Ícone abrasileirado
Um dos ícones da cidade de Nova York, o Empire State Building foi iluminado com as cores brasileiras para as comemorações do Bicentenário da Independência, dia 7, sem muito alarde por aqui.
Pode isso?
O MP Eleitoral no Rio recomendou cuidados sobre a “autodeclaração de cor e raça” aos partidos. Candidato que mentir pode sofrer penalidades. Dias depois, o PT mandou candidatos alterarem a raça para branca, como a de Lula, para que ele ganhe parcela maior do fundão eleitoral.
Crise e autoritarismo
Segundo o jornal suíço Blick, cidadãos que não obedecerem às novas regras federais de racionamento de gás para o inverno, este ano, podem ser presos por até 3 anos. Agora proibiram até aquecer piscinas.
Meta definida
A maior dificuldade enfrentada por organizadores do ato “Todos Juntos pelo Brasil”, marcado para sábado pela campanha de Lula e Alckmin, em SP, tem sido garantir mais que as 4 mil pessoas no Anhangabaú.
Ficou feio
Sem ter como criticar a celebração do bicentenário da Independência, houve o resgate das mortes por covid, média de 82. São 186,1 milhões de vacinados e média menor que dos EUA (248) e Alemanha (86).
Pensando bem…
…comemorar o 7 de Setembro no dia 8 é coisa que nem Barrichello fez.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO