Como Lula reaparelhou o governo com sindicalistas

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Os ‘gafanhotos’ da CUT e do PT, desempregados desde Dilma Rousseff, assumiram diversos cargos públicos

Ex-presidente Lula participa da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional | Foto: FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

Em janeiro de 2011, quando assumiu a Presidência, Dilma Rousseff espantou-se com o mapa dos cargos de confiança no governo que chegara às mãos do então chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. “À época, o PT havia indicado mais de 1,3 mil assessores comissionados — metade deles como cota da Central Única dos Trabalhadores (CUT)”, lembrou Silvio Navarro, em reportagem publicada na Edição 160 da Revista Oeste. “Chamado de ‘tucano’ pela esquerda radical, Palocci pretendia enxugar a ‘república sindical’ no país.”

Esses cargos apareciam no Diário Oficial da União com as siglas DAS 5 a 6 (Direção e Assessoramento Superiores) e NE (Natureza Especial). São a elite da administração pública, com salários de R$ 20 mil, além de benefícios. Por isso, são escolhidos a dedo no meio de uma imensidão de 190 órgãos públicos. Um estudo com o raio X do aparelhamento sindical foi publicado em 2010 pela pesquisadora Maria Celina D’Araújo, do Rio de Janeiro — A Elite Dirigente do Governo Lula (Fundação Getulio Vargas).

No ano passado, toda a estrutura de cargos, funções e gratificações na administração pública foi reformulada, por meio de uma medida provisória assinada por Jair Bolsonaro. Passaram a se chamar Cargos Comissionados Executivos (CCE) e Funções Comissionadas Executivas (FCE).

REVSTA OESTE

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