Com aprovação de Dino, Cármen Lúcia será a única mulher no STF

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Apesar do discurso em favor das mulheres e da questão racial, critério de Lula é de confiança

Ministra Cármen Lúcia, do STF

Ministra Cármen Lúcia, do STF Foto: STF/SCO/Rosinei Coutinho

Se a indicação do presidente Lula (PT) para o STF for aprovada pelo Senado e Flávio Dino for, de fato, o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia será a única mulher a compor a mais alta Corte do Brasil.

O atual ministro da Justiça e Segurança Pública foi indicado por Lula nesta segunda-feira (27) para a cadeira deixada pela ministra Rosa Weber, que se aposentou em outubro.

Apesar de todo o discurso em defesa da pluralidade, da mulher, da causa racial, não houve nenhum outro critério adotado pelo petista em sua escolha se não o de confiança e lealdade ideológica. Foi assim também quando Lula escolheu seu próprio advogado, Cristiano Zanin, para ocupar a vaga de Ricardo Lewandowski, que deixou o STF em abril deste ano.

Luís Roberto Barroso, presidente do STF, enalteceu a escolha de Flávio Dino, mas destacou a ausência de mulheres em tribunais superiores.

– Todo mundo sabe que eu defendo a feminilização dos tribunais, mas no caso do Supremo, é uma prerrogativa do presidente da República – destacou.

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