Para Monica Gugliano, primeira-dama já criou mais polêmicas que suas antecessoras somadas
Janja da Silva e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: EFE/Enrique García Medina
Em coluna no jornal O Estado de São Paulo, a jornalista Monica Gugliano avaliou que, em apenas seis meses de governo, a primeira-dama, Janja da Silva, tem criado “mais polêmicas que todas as suas antecessoras somadas”. No texto, a comunicadora avalia que a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deveria seguir seu próprio conselho: “Segura um pouco, amiga”.
As aspas em questão remetem a um episódio recente em que Janja repreendeu a mestre de cerimônias do evento de retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, no último dia 12. A reprimenda ocorreu enquanto Lula entregava a Ordem Nacional do Mérito Científico a pesquisadores e entidades. Na ocasião, Janja, que estava ao lado de Lula, considerou que a mestre de cerimônias estava chamando os homenageados rápido demais, se aproximou do púlpito e disparou:
– Segura um pouco. Ele nem entregou a faixa. Segura um pouco, amiga.
No texto do Estadão, a colunista Monica Gugliano analisou que Janja é dotada de uma “personalidade forte”.
– Socióloga, personalidade forte, dona Rosângela é presença permanente ao lado de Lula. Num passeio pelo Palácio de Versalhes ao lado da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, a brasileira aproveitou para falar da sua carreira e do trabalho “de denúncia e combate à misoginia e violência de gênero”. Por enquanto, sem demérito algum, parece mais é estar como àqueles personagens à procura de um autor. Mas o governo está só começando e até o tempo ajudar com a experiência, como acontece com todos nós, talvez fosse bom se ela seguisse sua própria recomendação: “Segura um pouco, amiga” – conclui a jornalista.
Parágrafos antes, a colunista havia discorrido sobre outras primeiras-damas, como a ex-esposa de Lula, Marisa Letícia, e as mulheres dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), Marcela Temer e Michelle Bolsonaro, respectivamente.
– Tivemos também Dona Marisa Letícia (1950-2017) que acompanhava o marido Luiz Inácio Lula da Silva (em seus dois primeiros mandatos) em eventos oficiais, mas guardava com unhas e dentes a privacidade dela e de sua família. Aguentou firme com ele o pior período das denúncias da Lava Jato e era conhecida por suas opiniões firmes em casa. Veio, após ela, Marcela Temer, “recatada e do lar” e Michelle Bolsonaro, evangélica, com rezas e religiosidade exacerbadas. E por fim, Rosângela Lula da Silva, terceira esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dona Rosângela, que pede para ser tratada por Janja, em apenas seis meses na função, criou mais polêmicas que todas as suas antecessoras somadas – escreveu Gugliano.
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