COI alerta contra “manifestações políticas” nas Olimpíadas

Olimpíadas no Japão

Thomas Bach, presidente do COI Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira (16), o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse que os atletas não deveriam fazer “manifestações políticas” ou expressar suas opiniões pessoais nos pódios dos Jogos de Tóquio.

O COI afrouxou neste mês sua Regra 50, que proibia quaisquer protestos dos atletas. Agora permite que estes façam gestos durante as provas, contanto que não as interrompam e tenham respeito pelos outros competidores. As informações são da Agência Brasil.

Mas ainda existe uma ameaça de sanções se algum protesto for feito nos pódios de medalha, durante os eventos de 23 de julho a 8 de agosto.

– O pódio e as cerimônias de medalhas não são feitos para uma manifestação política ou outra. Eles são feitos para homenagear os atletas e os ganhadores de medalhas por conquistas esportivas, e não por suas (opiniões) particulares. A missão é ter o mundo inteiro junto em um lugar e competindo pacificamente um com o outro. Isto você nunca conseguiria se os Jogos (se tornassem) polarizadores – disse Bach.

Embora os protestos de atletas nas Olimpíadas sejam raros, nos Jogos do México de 1968 os velocistas negros norte-americanos Tommie Smith e John Carlos foram expulsos do evento depois de abaixarem as cabeças e erguerem os punhos com luvas negras no pódio para protestar contra a desigualdade racial.

Na Olimpíada Rio 2016, o maratonista etíope Feyisa Lilesa ergueu os braços e cruzou os pulsos ao atravessar a linha de chegada para mostrar apoio aos protestos de sua tribo oromo contra planos do governo para realocar terras de cultivo.

Pleno.News

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