CNI faz rica propaganda da reforma tributária, direito negado ao Google

Destaque

Sede da Confederação Nacional da Indústria e suas entidades do Sistema S, em Brasília.

Cláudio Humberto

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) faz campanha publicitária rica de apoio à PEC 45, da reforma tributária, que só beneficia a indústria e prejudica o agronegócio e o setor de serviços. A iniciativa poderia ser considerada abusiva, com o poder econômico tentando influenciar a aprovação do projeto, mas a CNI não foi incomodada. Bem diferente do Google, que responde a inquérito porque criticou a proposta de “combate a fake news”, que na verdade reintroduz a censura no País.

Crítica vetada

Ao se opor ao Projeto da Censura, o Google foi obrigado a deletar o conteúdo, sob ameaça do governo de multa de R$1 milhão por hora.

Na Justiça

Foi considerado “abuso de poder econômico” das big techs o suposto “ilícito” de “contribuição com a desinformação”. A CNI não foi acionada.

PF na porta

O STF mandou executivos da Meta (Facebook, Instagram etc.), Spotify e Brasil Paralelo serem ouvidos pela Polícia Federal e explicar “razões”.

Outro patamar

A decisão do STF incluiu multa de R$150 mil por hora às empresas de tecnologia por manter no ar posição contrária ao projeto da censura.

Um dos aditivos inventados pelo MDA favoreceu justamente a Terra Livre. Rendeu R$200 mil para a cooperativa de Adelar Pretto.

CPI do MST investigará irmão do chefão da Conab

Na CPI do MST, é dada como certa a convocação de Adelar José Pretto, apontado como diretor da cooperativa Terra Livre. O requerimento foi apresentado pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP). Como sugere o sobrenome, Adelar é irmão do petista Edegar Pretto, diretor-presidente da Conab. A comissão quer apurar aditivos em contratos do Ministério do Desenvolvimento Agrário que acabaram em entidades ligadas ao MST, como a Terra Livre. Adelar é ativista do movimento dos sem-terra.

Cofre aberto

Denúncias dão conta que são ao menos 17 aditivos para compra de veículos e capacitação de agricultores, os valores chegam aos R$800 mil

Meu pirão

Um dos aditivos inventados pelo MDA favoreceu justamente a Terra Livre. Rendeu R$200 mil para a cooperativa de Adelar Pretto.

Só piora

Fora os laços pra lá de suspeitos, a Terra Livre é “ficha suja” no cadastro de empresas com sanções. A Transparência revela a penalidade vigente.

Nova plumagem

Seis deputados federais do PSDB já assinaram o pedido de abertura da CPI do Abuso de Autoridade do STF e do TSE. Não parece muito, mas se mais um tucano assinar o pedido, 50% da bancada apoiará a CPI.

Medidor importante

O Banco Central divulgou na sexta (30) que a dívida do setor público no Brasil cresceu 0,7 ponto percentual apenas no mês de maio, para 73,6%. Na pandemia disparou a 86,9%, mas fechou 2022 em 73,5%.

Direto

Durante debate em 2020, o ministro do STF Gilmar Mendes disse que a democracia “é um exercício muito complexo, porque exige a aceitação da limitação do poder”. Sem narrativa, nem relativização.

HPCR3, de hipocrisia

A Vale, que provocou a mais devastadora tragédia ambiental da História, e que faz de tudo para não pagar por isso, está entre as nove principais empresas ESG da Bolsa “que cumprem critérios de sustentabilidade”. Por coisas assim o mercado é incompreensível para muitos brasileiros.

CRMs resistem

O PT e puxadinhos tentam agora aparelhar os conselhos regionais de Medicina. Mas, em Alagoas, devem perder para chapa de Henrique de Oliveira Costa, reitor da Universidade de Ciências da Saúde (Unicisal) e um dos mais queridos e respeitados profissionais de Saúde do Estado.

Retomada

Voltou às discussões de parlamentares a PEC16/2019, do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que estabelece mandato de oito anos aos ministros do STF, sem direito à recondução, o nome da “reeleição” sem votos.

Saindo na foto

Lula posou para fotos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, na sexta, mas a unidade foi inaugurada em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro e usada no enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Promessa cumprida

O deputado Sanderson (PL-RS) cumpriu a promessa e protocolou no fim da tarde desta sexta (30) o projeto de lei que anistia “condenados por ilícitos civis eleitorais”, situação que tornou Jair Bolsonaro inelegível.

Pensando bem…

…em duas semanas, o governo petista promete reformar o que não reformou em 20 anos.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO

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