Cláusula de barreira gera cobiça pelos ‘nanicos’

Destaque
O objetivo é monitorar destaques de partidos nanicos e dar início à sedução para ter preferência em uma futura “janela partidária”. Foto: Roque de Sá/ Agência Senado

A cláusula de barreira será ainda mais difícil de superar nas eleições deste ano e já leva partidos maiores, que devem cumpri-la facilmente, a monitorar destaques de partidos nanicos, que serão eleitos e terão que trocar de legenda. O objetivo dos que fazem esse monitoramento é dar início à sedução para ter preferência em “janela partidária”, ampliar a bancada na Câmara em 2023 e atingir o desejo final: votos e dinheiro.

A regra é clara

Para sobreviver, o partido deve garantir 2% dos votos válidos e esses votos devem vir de nove estados com ao menos 1% em cada um deles.

Tamanho do desafio

Tomando como base a votação para presidente em 2018, o partido precisaria garantir pouco mais de 2 milhões de votos em nove estados.

Alternativa

Outra forma para um nanico garantir pelo menos mais uma legislatura de vida é eleger 11 deputados, também distribuídos por nove estados.

Canibalismo ou fusão

Como já ocorreu, há possibilidade de um partido que cumpre a cláusula absorver outro ou dois que não cumprem se fundirem em um terceiro.

PE: governador supera Bolsonaro em rejeição

Além da liderança expressiva de Lula nas intenções de voto para presidente, chama atenção na pesquisa da Potencial Inteligência, em Pernambuco, a rejeição do atual governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), cuja avaliação negativa é bem mais expressiva que a do presidente Jair Bolsonaro no Estado. De acordo com a Potencial, a repulsa de 69,6% ao governador é maior que os 58,4% do presidente.

Avaliação negativa

Entre os eleitores pernambucanos, 33% aprovam o governo de Jair Bolsonaro, enquanto apenas 20% gostam da gestão Paulo Câmara.

Contaminação

A má avaliação de Paulo Câmara enfraqueceu p candidato do PSB a governador, Danilo Cabral, que 4º, com 10,2%, segundo a Potencial.

Pesquisa registrada

A Potencial Inteligência entrevistou 1.000 eleitores entre os dias 22 e 27 deste mês, e registrou a pesquisa no TSE sob o nº BR-01543/2022.

…e lá se foram R$5 bi

A propaganda eleitoral termina hoje. Ainda bem. Prestações de conta fajutas irão “justificar” os R$5 bilhões retirados do Tesouro para bancar campanhas de ódio e mentiras. Fomos surrupiados.

Ian longe das urnas

Miami, na Flórida, é o segundo maior colégio eleitoral no exterior com 40.188 eleitores aptos a votar lá. Por sorte, o furacão Ian, classificado em categoria 4 e com ventos de 240km/h, não deve passar pela cidade.

Apoio que vale

Enquanto o PT divulgava apoio de Joaquim Barbosa e Celso de Mello, vídeo de Neymar agradecendo visita de Bolsonaro e da primeira-dama, Michelle, ao seu instituto, em Santos, mostrou o apoio que pesa mais.

Dinheiro de sobra

Sobra dinheiro na campanha de Leila do Vôlei (PDT) ao governo do DF. É a candidata que mais recebeu grana, R$7.261.622. Acabou passando o limite de gastos e teve de devolver R$ 50 mil doados pelo advogado Estênio Campelo, pai do vice, Guilherme Campelo.

Sentiu o calor

Depois de ser acusado pelo presidente Jair Bolsonaro de vazar para a imprensa informações sigilosas, o ministro Alexandre de Moraes (STF) cobrou da Polícia Federal quem teve acesso aos dados. Vai degolar?

Desgrass

Dedicado a usar o horário obrigatório para insultar o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), o candidato do PV-PT, Leandro Grass, ganhou um apelido que viraliza nas redes sociais: “Desgrass”.

Degolado

A decisão dividida do Tribunal Superior Eleitoral, por 4 a 3, para manter proibição de Jair Bolsonaro de fazer live no Palácio da Alvorada mostra que a corte está tão dividida quanto o povo na visão do que é certo.

Burocracia atrapalha

A recuperação do mercado de trabalho segue forte, mas setor de RH é visto como freio na retomada. Estudo do Locomotiva revela que 31% dos trabalhadores já perderam vaga por falta de um “documento físico”.

Pensando bem…

… “guardar a Constituição” não quer dizer ter uma cópia na estante. Ou na gaveta.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIIO HUMBERTO

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