Confiando a chefia da Casa Civil ao senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, Jair Bolsonaro finalmente toma a iniciativa, com certo atraso, de melhorar o relacionamento do seu governo com o Senado. Essa articulação estava pendente desde quando o presidente da República se acertou com esse grupo político na Câmara, por intermédio do seu atual presidente, deputado Arthur Lira (PP-AL).
Relações azeitadas
Ciro Nogueira é articulador político hábil, sem atrito com senadores, daí a aposta do presidente para melhorar as relações com o Senado.
Sob nova direção
Desde os tempos de Braga Netto, o chefe da Casa Civil é uma espécie de “primeiro-ministro”, gerentão, que coordena as ações do governo.
Problema à vista
O ministro da Casa Civil deve priorizar a articulação política, mas isso poderá esvaziar atribuições da ministra Flávia Arruda (Governo).
Apoio às reformas
Ninguém deve duvidar: as mudanças no governo com Ciro na Casa Civil objetivam as eleições de 2022, lembra o cientista político Paulo Kramer.
Desmorona a versão de Joice sobre agressão
O exame das 16 câmeras e os seguranças do prédio onde a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) mora, em Brasília, desmentem sua versão de que o apartamento teria sido invadido por agressores que a deixaram com cinco fraturas no rosto, cortes e dois dentes a menos. Nenhum estranho saiu ou entrou no apartamento nos dias em que a agressão se deu. Nem a deputada saiu para exames, como afirmou, em um hospital.
Das duas, uma
Restam duas linhas: a deputada foi vítima de violência doméstica ou se lesionou para ganhar manchetes ou por razões de natureza psicológica.
A cena do crime
O delegado Miguel Lucena, do DF, deu sua opinião profissional a esta coluna, sábado (24): a investigação deveria começar dentro da casa.
Há gente assim
Lucena lembrou ontem da investigação que fez em 2015, na 3ª DP do DF, de um homem que até deu tiro no próprio pé, simulando “atentados”.
Confusão montoriana
O falecido ex-governador paulista Franco Montoro trocava nomes e pessoas, mas tentava acertar. Até fazia associações. Por isso, sempre chamava o então deputado Flávio Bierrenbach de “Bierrenbrahms”. Associava o sobrenome do atual ministro do Superior Tribunal Militar com um certo compositor de Hamburgo (Alemanha), mas novamente trocava Johann Sebastian Bach, nascido em 1685, por Johannes Brahms, de 1833.
Agora vai
Agora que a Polícia Civil do DF entrou no caso Joice Hasselmann, o jogo mudará em definitivo, ainda que seus peritos tenham sido acionados dez dias depois, com a cena do crime “contaminada” ou desfeita.
Ele não sabe
Bolsonaro voltou a elogiar o BNDES ontem, mostrando que não leu o relatório da Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais (Sest), do Ministério da Economia, mostrando privilégios milionários, até criminosos, que transformam o próprio banco na famosa “caixa preta”.
Posando de ‘vítima’
A embaixada de Cuba em Paris diz ter sido atacada por “coquetéis molotov” lançados por “terroristas”. Vai ver, os autores do “atentado” foram os mesmo que invadiram o apartamento de Joice Hasselmann…
Limites ao Congresso
A ministra Rosa Weber (STF) cobra motivos do aumento do fundão eleitoral. “Congresso não pode usar dinheiro público como quer”, disse Magno Karl, diretor do Livres, autor da ação em tramitação no STF.
Simas em casa
O embaixador do Brasil em Lisboa, Carlos Alberto Simas Magalhães, recebeu alta e já está em residência, no Restelo. Ele enfrenta problemas de saúde desde janeiro, após uma visita a Maputo, em Moçambique.
Mandou bem
O potiguar Ítalo Ferreira vendia peixes e começou a surfar com uma tampa de isopor. Perseguiu o seu sonho, foi campeão mundial e hoje é o primeiro surfista medalha de ouro da história dos jogos olímpicos.
Oba-oba prejudica
Ainda bem que a maranhense Rayssa Leal, 13, já fez história como prata do skate. Mas ela precisa ser protegida da mídia oba-oba. Promessas de medalha que viraram celebridades fracassaram em Jogos Olímpicos.
Igualdade na guerra
Comissão do Senado dos Estados Unidos aprovou, há dias, projeto que obriga mulheres ao alistamento militar. Assim como os homens, elas não serão obrigadas a servir, apenas a compor uma reserva nacional.
Pensando bem
… sorte mesmo tem Joe Biden, que não é culpado pelos incêndios que devastam a Califórnia. Lá, claro, as causas são sempre naturais.
Diário do Poder