Ciro chama Cuba de ditadura e critica bloqueio dos EUA

Cuba

Ex-governador do Ceará, Ciro Gomes Foto: Folhapress/ Eduardo Knapp

Depois de o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se posicionarem sobre os protestos em Cuba, o pré-candidato às eleições de 2022 e ex-governador do Ceará Ciro Gomes seguiu a linha de seu prováveis rivais no pleito do ano que vem. Ele publicou um vídeo, nesta sexta-feira (16), posicionando-se sobre a ilha caribenha. Ao fazer críticas ao regime cubano, Ciro diz que “é preciso coragem, equilíbrio e isenção” para Cuba lidar com “duas bombas relógio”: o bloqueio econômico e a ditadura política”.

“Nosso querido povo cubano está sofrendo”, começa assim o presidenciável. Segundo Ciro, além de uma “autodeterminação” da população local, o conflito merece “atenção e solidariedade internacionais”.

Em crítica ao governo Bolsonaro, o ex-governador do Ceará diz que a política externa brasileira não pode ser “condescendente” com o desrespeito à soberania de Cuba e ao direito internacional promovido pelos Estados Unidos.

Com foco em atingir também o Lula, Ciro diz que a política nacional não deve seguir a atuação dos governos petistas. Conforme Ciro, a política externa brasileira era marcada por “velhos hábitos latino-americanos”.

– O Brasil deve reconhecer que a luta do povo cubano pela sua independência da Espanha e, depois, pela sua afirmação nacional sempre encontrou um enorme obstáculo: o poder imperial do seu vizinho, o gigante Estados Unidos. Não resta a menor dúvida de que, nesta briga secular, o Brasil só pode estar do lado do nacionalismo cubano, contra o intervencionismo contumaz norte-americano – diz Ciro Gomes.

Ciro ainda criticou o autoritarismo do regime político em Cuba.

– As liberdades de seu povo, inclusive a de debater, estão suprimidos. Ninguém pode saber ao certo se a ditadura conta, ou não, com o apoio da maioria – afirma.

A repercussão dos protestos em Cuba reativou uma disputa ideológica entre Bolsonaro e Lula e, agora, ganha outro personagem político. Na terça-feira (13), Bolsonaro e Lula se manifestaram sobre a ilha caribenha. O atual chefe do Executivo teceu críticas ao socialismo e cobrou direitos essenciais para a população cubana, enquanto Lula minimizou as repercussões e apontou que os problemas que ocorrem em Cuba são devido às sanções econômicas que os Estados Unidos aplicaram à ilha.

Nesta semana, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra o governo cubano, impulsionadas pela grave crise sanitária, econômica e de abastecimento que Cuba vive, agravada pela pandemia de Covid-19.

Pleno.News

 

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