As chuvas que recentemente caíram (e ainda caem) sobre Barreiras, causaram sérios prejuízos, não só à população, como também ao nosso sistema viário.
Forçoso é reconhecermos, que nossa topografia colabora para que a tragédia sempre aconteça, como já ocorreu em ocasiões pretéritas.
A grande verdade, todavia, é que a culpa não é exclusivamente da administração municipal, pois desde sua instalação o município padece desses transtornos, sempre que a precipitação das chuvas ocorre.
Há muito tempo atrás, estive entrevistando o então prefeito Antônio Henrique, que tinha um plano capaz de erradicar de vez o problema, que consistia em canalizar as águas que descem das serras que nos circundam. Um plano bastante arrojado, capaz de sanar a anomalia, mas que apresentava um custo muitíssimo elevado e não obteve, apesar das diversas tentativas, angariar os vultosos recursos para que o empreendimento acontecesse.
Nossos antepassados não pensaram que as chuvas causariam tantos problemas. A rápida ocupação do nosso solo urbano causou o transtorno que ainda hoje perdura. Uma das soluções, como já citamos, é o custo elevadíssimo do desvio das águas.
Paliativos para que o problema seja sanado são difíceis e, acima de tudo, de custos além da capacidade do Poder Público. Urge, então, que tenhamos que tomar as precauções que o problema exige e, em consequência, pelo menos tenhamos a chance de amenizarmos nossas construções em lugares seguros e previamente estudados.
Em cidades outrora previamente planejadas, os administradores utilizavam uma política bem estudada do uso e ocupação do solo, capaz de resolver as amarguras hoje causadas à boa parte dos habitantes de Barreiras, principalmente aos que habitam as partes mais baixas da nossa urbe, que são os que mais padecem quando ocorrem enxurradas.
Itapuan Cunha
Editor