Flordelis dos Santos de Souza é julgada ao lado de três filhos e de neta por morte do marido, o pastor Anderson do Carmo
Seis filhos que ficaram contra a mãe, a ex-deputada Flordelis dos Santos de Souza, serão ouvidos durante continuação do julgamento da pastora no Tribunal do Júri de Niterói. A sessão, suspensa nessa segunda-feira por volta das 22h39, será retomada às 9h. Daniel dos Santos de Souza; Roberta dos Santos; Wagner Andrade Pimenta, o Misael; Alexander Felipe Matos Mendes, o Luan; Daiane Freires; e Erica dos Santos de Souza são alguns dos membros da família que decidiram contar à polícia detalhes da trama contra a vítima e acusaram a ex-deputada de envolvimento na morte.
Flordelis é acusada de ser mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo. Além dela, são julgados três de seus filhos — Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz Oliveira e Marzy Teixeira, além de uma neta, Rayane dos Santos. A pastor chegou ao fórum nesta terça por volta de 8h, e os filhos e a neta por volta de 8h30, em veículo do Serviço de Operações Especiais (SOE) da Secretaria de Administração Penitenciária, responsável pelo transporte de presos.
Os filhos que ficaram contra Flordelis foram chamados para depor pelo Ministério Público e também pela antiga defesa de André Luiz, que manifestou desejo de ouvir as mesmas testemunhas da promotoria. Atualmente, André é defendido pelos mesmos advogados que representam a mãe.
Misael e Daniel foram os primeiros filhos a revelar para a polícia suspeitas de envolvimento de Flordelis no crime. Misael, que era vereador à época, apontou a mãe como “mentora intelectual” do assassinato em primeiro relato aos investigadores, dois dias após Anderson ter sido morto. Já Daniel chegou a dizer que o sofrimento da mãe e de alguns irmãos no enterro do pastor era um verdadeiro teatro. Ambos revelaram que a própria vítima já tinha conhecimento de que pessoas na casa estavam planejando a sua morte.
Para contrapor os relatos contra a ex-parlamentar, os advogados de Flordelis chamaram pra prestar depoimento filhos e netos que permaneceram ao lado da pastora após o crime e defendem sua inocência, como Tayane Dias e Michele Maria dos Santos.
O GLOBO