Nos últimos 15 anos quase não houve grande evento em Pernambuco sem que a turma de Carreras na Casa Cheia estivesse por trás. – Foto: Cleia Viana/Agência Câmara.
Cláudio Humberto
Tem notórias ligações a empresas de apostas esportivas o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), pivô do escândalo de suposta cobrança de propina de R$35 milhões para “pegar leve” com as “bets”. Por isso não causou surpresa em Pernambuco a denúncia na revista Veja contra Carreras, relator de projeto para regular o setor, que teria cobrado mala de dinheiro. Ele é sócio desde 2004 da Festa Cheia, cujos eventos têm sido patrocinados pelas “bets”, empresas de apostas objeto do projeto.
Homem de confiança
Carreras ainda é apontado em Pernambuco como o principal homem de confiança do prefeito do Recife, João Campos (PSB).
A ficha do distinto
Carreras foi secretário de Turismo na gestão de Geraldo Júlio, preposto do falecido Eduardo Campos no Recife.
Evento da semana
Programado para este final de semana, o Samba Recife, da Festa Cheia, com Alexandre Pires, Belo, Mumuzinho etc, tem patrocínio da PixBet.
Quase monopólio
Nos últimos 15 anos quase não houve grande evento em Pernambuco sem que a turma de Carreras na Casa Cheia estivesse por trás.
Rio de Janeiro, berço da base de apoio bolsonarista, governado por Cláudio Castro (PL), do partido do ex-presidente, levou R$342,6 bilhões (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Oposição leva o dobro de recursos no novo PAC
Estados com governadores que declararam apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro levaram o dobro de recurso destinado pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento, o Novo PAC. Serão quase R$1,3 trilhão para essa turma. Os que fizeram um “L” nas eleições irão levar pouco mais de R$600 bilhões. Quem mais vai ver a cor do dinheiro do PAC será o Rio de Janeiro, berço da base de apoio bolsonarista, governado por Cláudio Castro (PL), do partido do ex-presidente: R$342,6 bilhões.
Cooptação
São Paulo, de Tarcísio de Freitas (Republicanos), ficará com a segunda maior fatia do PAC: R$179,6 bilhões.
Em família
Entre governos estaduais lulistas, Sergipe ganhou a sorte grande: R$136,6 bilhões. É lá que o neto de Lula tem uma boquinha no governo.
Raspa do tacho
O menor volume de grana do Novo PAC fica com o bolsonarista Gladson Cameli (PP), que derrotou o clã Viana no Acre: R$26,6 bilhões.
Passarinho bebe?
Tem gente desconfiando daquela água que o presidente Lula andou entornando, nesta sexta (22). Pelas 18h, ele tascou um post no X de Elon Musk informando haver decretado fim de semana hoje e amanhã.
18 vezes maior
Jandira Feghali (PCdoB-RJ) ameaçou bater em Nikolas Ferreira (PL-MG) em sessão da CPMI do dia 8, e vai parar no Conselho de Ética da Câmara. “Imagina se fosse o contrário?”, indagou o deputado que, com quase 1,5 milhão de votos, foi 18 vezes mais votado que a deputada.
Calendário contra o Agro
Presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, o deputado Pedro Lupion (PP-PR) não se conforma com a decisão do STF sobre o marco temporal: desconfia que “foi montado um calendário contra o agro”.
Bessias na batalha
Cavando a indicação para ocupar a cadeira de Rosa Weber no STF, o chefe da AGU, Jorge Messias, participa até de batizado de boneca se tiver parlamentar. Na sexta (22), esteve em evento da frente evangélica.
Aumento abusivo
A Aneel conseguiu unir políticos de situação e oposição do Amapá. A agência, que não está nem aí para o consumidor que a sustenta, liberou aumento de 44,4% na conta luz. Os políticos bateram à porta do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia). O plano é barrar o reajuste.
Contrapé
Lula e assessores tiveram de reavaliar planos, após a área técnica do governo não recomendar a volta do horário de verão, extinto por Jair Bolsonaro em 2019. Já preparavam o anúncio.
Leitura de relatório
O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) prevê que será lido na terça-feira (26) o relatório da CPI do MST, onde a oposição é maioria, pedindo o indiciamento de 11 pessoas, incluindo GDias, o general de Lula.
Semana difícil
O pobre investidor que comprou ação da Americanas teve mais uma semana amarga na Bolsa. O papel, que abriu segunda-feira (18) valendo R$0,83, fechou a sexta (22) ainda mais desvalorizado, R$0,76.
Pensando bem…
…nem precisava do “decreto”, Lula não sai do sextou há 265 dias.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CÁUDIO HUMBERTO