Caso da ‘viação Itapemirim’ evidencia inutilidade da Anac

Coluna do Cláudio Humberto

PEGOU MAL DECISÃO DA ITAPEMIRIM

Avião da viação Itapemirim. Foto: Divulgação/ItapamirimAvião da viação Itapemirim. Foto: Divulgação/Itapamirim

 

A molecagem da empresa área Itapemirim é motivo mais que suficiente para que o Congresso reavalie a existência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), alheia ao que se passa no próprio setor, e/ou a demissão dos seus dirigentes. O que mais impressiona nessa crise é que a “agência reguladora” Anac foi tão surpreendida quanto os 50 mil clientes lesados pela empresa que chamou de “espontânea” a decisão de cancelar vôos, dia 17, destacando que a Anac nada teve com isso.

Anac ‘voando’

No comunicado, a empresa moleque diz que parou por “motivos operacionais”, reforçando idéia de que a Anac ignorava os problemas.

Agência de quem?

A Anac privilegia interesses das empresas, como um sindicato patronal, em detrimento de quem paga os altos salários dos seus dirigentes.

São uns malas

Uma das resoluções mais traiçoeiras da Anac foi a cobrança de malas, sob a promessa – mentirosa – de redução no valor das passagens.

Cliente maltratado

Além da cobrança das malas, antes sem custos, a Anac permitiu a precarização da qualidade e a cobrança de serviços de bordo.

Avião da viação Itapemirim. Foto: Divulgação/Itapamirim
Sede da Geap Saúde. Foto: Divulgação

Geap mostra que plano de saúde pode baratear

Os beneficiários do plano de saúde Geap, receberam ótima notícia: o reajuste da mensalidade na data-base em fevereiro será de apenas 2,26%, apesar da inflação de 10,74%. Ganho de 8,48%. O feito é do atual corpo diretivo do Geap, que, ao assumir, em 2019, implantou medidas para reverter a situação até a previsão de falência em poucos anos. A mudança surtiu efeito: o plano foi indicado para o ranking das melhores e maiores empresas de saúde do Brasil, pela revista Exame.

Reorganização

Contratos desnecessários foram cancelados ou renegociados e auditoria ampliada foram algumas das ações adotadas no plano.

Empresa Limpa

A atual gestão garantiu para o Selo Empresa Limpa, do Instituto Ethos, e implantou programa de integridade, com base na Lei Anticorrupção.

‘Great Place’

A nova gestão conquistou para o Geap a certificação GPTW (Great Place To Work) como excelente empresa para se trabalhar.

Vergonha unânime

Gatilho mais rápido do oeste paranaense, a Câmara Municipal de Cascavel aumentou ontem dos próprios salários dos vereadores, que passam a embolsar R$ 13,4 mil e a custar R$68,5 mil aos cidadãos.

Show ignorado

A cruzada inglória de Bolsonaro contra vacinação, desta vez de crianças a partir dos 5 anos, tem efeito de cortina de fumaça sobre o número espetacular de 325 milhões de doses aplicadas nos brasileiros.

Expatriação indireta

O governo publicou regras para entrada de “viajantes”, como definiu o STF. Caso não apresente os documentos, pode ser deportado de volta ao país de origem. No caso de brasileiros, pode configurar expatriação.

Sem perigo de dar certo

O ex-ministro Delfim Netto gostou da demonstração de vitalidade da democracia chilena, elegendo presidente o esquerdista Gabriel Boric, mas não escondeu seu ceticismo em relação ao futuro governo.

Frase do dia

São ações de criminosos

Ministro Marcelo Queiroga (Saúde) sobre as ameaças a servidores da Anvisa

Sucesso brasileiro

O Plano Nacional de Imunização (PNI) completou o esquema vacinal de mais de 141,5 milhões de brasileiros. São 165,5 milhões com ao menos uma dose e 23 milhões já com três doses (incluindo o reforço).

Até nos finalmentes

No primeiro dia da última semana de trabalho, a Comissão Mista de Orçamento conseguiu adiar a votação do Orçamento no Congresso. Ficou para esta terça (21), e só trabalham até esta quinta (23).

Regulador a ditador

Ex-presidente da CPI e crítico contumaz do governo Bolsonaro, Omar Aziz (PSD-AM) apresentou projeto para dar à Anvisa o poder de determinar medidas de controle sanitário durante emergências saúde.

Corrida maluca

Na corrida pelo aumento na venda de vacinas, ninguém se espante se farmacêuticas como a Pfizer pedirem autorização, em futuro próximo, para imunizar bebês ainda na fase intrauterina.

Pergunta no aeroporto

Barrar não-vacinados em país de vacinados é cuidado ou paranóia?

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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