Nos últimos anos, nossos Carnavais têm sido elogiados por sua organização e animação.
A parte da estrutura carnavalesca, também, é um dos destaques, se bem que, a cada nova festa, pessoas que também fazem parte da folia, como barraqueiros, ambulantes e prestadores de serviços diversos, e vendedores ambulantes, têm apresentado suas queixas quanto às cobranças elevadas estabelecidas pelos organizadores, no tocante a aluguel de barracas e outros espaços.
É óbvio que uma festa de tamanha magnitude tenha seu custo elevado, mas os que trabalham em prol da animação não merecem ser penalizados, pois a municipalidade é quem é (ou será) elogiada pela animação de todos, que anonimamente, integram a equipe encarregada pelo brilho da festa. Isto é incontestável.
Não vale a pena, pois, que os custos dos auxiliares da orgia sejam em grande parte à custa do suor desses, que até poderão, eventualmente, arcar com prováveis prejuízos financeiros, vez que terão que cobrar mais caro pelos produtos, se levarmos em conta os valores que a Prefeitura lhes imporá como aluguel das suas instalações na festa momesca.
Urge, pois, que as taxas estipuladas possam ser reconsideradas ou, quando nada, amenizadas, sendo incluídas na verba que a edilidade destaca para o Carnaval, o que nos aproximaria da realidade atual, pois, com as tarifas mais baixas, elas vão refletir nos preços dos produtos que esses colaboradores da festa fornecerão aos foliões.
Recordo bem que em tempos pretéritos, nas diversas festas tradicionais, os custos pela organização eram exclusivamente oficiais, mas com o passar dos anos criou-se essa mentalidade nos gestores de abolir tal comportamento, o que foi ampliado no correr do tempo. Ora, se o município é patrocinado por seus habitantes, através de impostos e taxas as mais variadas, porque deixar de lado a festa carnavalesca, que resgata a alegria da maioria do seu povo, com quatro dias para esquecimento das desventuras de tantos no decorrer do tempo?
Itapuan Cunha
Editor