A remuneração de deputados e senadores aumentaria mais de 9%, passando a R$ 36,8 mil em 2023
A Câmara dos Deputados e o Senado apresentaram pedido de reajustes de salários de parlamentares e de servidores das duas Casas para 2023. As emendas, protocoladas durante o feriado da Proclamação da República, preveem a reserva de R$ 570 milhões no orçamento do ano que vem para permitir os aumentos: R$ 370 milhões são para a Câmara e R$ 200 para o Senado.
Se aprovadas as emendas, os salários de deputados e senadores subiriam de R$ 33,7 mil para R$ 36,8 mil, um aumento de mais de 9%.
A movimentação dos parlamentares para reajustar os próprios salários e dos servidores começou ainda em agosto, quando os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram, por unanimidade, uma proposta de aumento de 18% para seus integrantes e todos os magistrados da Justiça Federal. Essa proposta, se aprovada, causaria impacto de R$ 4,6 bilhões e o salário dos ministros do STF passaria de R$ 39,3 mil para R$ 46,3 mil.
Com as fortes críticas da sociedade civil à medida do STF de aprovar um pedido de reajuste em plena crise econômica, deputados e senadores decidiram deixar o pedido de aumento dos próprios salários para depois das eleições, para não perder votos.
Tanto o reajuste dos salários do Judiciário quanto do Legislativo precisam ser autorizados pelo Congresso, com a aprovação do Orçamento para 2023.
As emendas para aumentar os salários de deputados e senadores foram apresentadas depois de reuniões feitas pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com as Mesas Diretoras das duas Casas. O argumento para a correção dos valores é de que há recursos no caixa e que o Legislativo está há 8 anos sem reajuste. O último foi dado em 2014.
REVISTA OESTE