O Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue registrados em 2025. Segundo dados atualizados nesta segunda-feira (22) pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, foram contabilizados 1.010.833 casos desde 1º de janeiro. O país também registra 668 mortes confirmadas e outras 724 em investigação.
O coeficiente de incidência atual é de 475,5 casos a cada 100 mil habitantes, número ainda distante da taxa registrada no mesmo período de 2024 — quando o Brasil enfrentou sua pior epidemia de dengue, com 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes. À época, o índice de incidência era de 1.881 por 100 mil habitantes.
Os dados mostram que a maior parte dos casos prováveis em 2025 se concentra em adultos jovens, especialmente na faixa de 20 a 29 anos. Na sequência estão os grupos de 30 a 39 anos, 40 a 49 e 50 a 59 anos. As mulheres representam 55% das infecções, enquanto os homens, 45%.
Quanto à distribuição racial, os brancos correspondem a 50,4% dos registros, seguidos por pessoas pardas (31,1%) e pretas (4,8%).
Estados com mais casos
O estado de São Paulo lidera tanto em números absolutos quanto em taxa de incidência. Foram 585.902 casos prováveis até agora, com coeficiente de 1.274 registros por 100 mil habitantes — mais que o dobro da média nacional. Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.980) completam a lista dos estados com maior volume de casos.
Acre (888 casos por 100 mil habitantes), Paraná (679) e Goiás (639) também aparecem entre as unidades da federação com maiores taxas proporcionais de incidência.
Ações de enfrentamento
Diante do avanço da doença, o Ministério da Saúde anunciou medidas voltadas aos 80 municípios considerados prioritários para o combate à dengue, com foco na ampliação de ações preventivas, controle do vetor e apoio a serviços de saúde para atendimento e diagnóstico rápido.
A pasta alerta que, apesar de os números de 2025 ainda estarem abaixo dos de 2024, a dengue continua representando um risco significativo à saúde pública, e medidas de prevenção devem ser mantidas, como eliminação de criadouros do mosquito e o uso de repelentes.