Cláudio Humberto
A disparada da vacinação em julho fez desabar a média de casos de Covid no Brasil ao menor patamar do ano. Segundo dados do conselho dos Secretários de Saúde (Conass), que costuma omitir o número de recuperados da doença, foram cerca de 35 mil casos registrados por dia na última semana, o que só foi visto em dezembro de 2020. A média de mortes também despencou e deve ficar abaixo de mil, nos próximos dias.
Efeito julho
Em 198 dias de vacinação, o Brasil aplicou cerca de 141 milhões de doses, sendo quase 40 milhões delas apenas nos 31 dias de julho.
Novo patamar
A nova realidade da pandemia no Brasil coincide com a evolução da vacinação, que já chegou a mais de 50% da população brasileira.
Público-alvo
Levando-se em conta só a população adulta, público-alvo do PNI, no Brasil o percentual sobe para 66% de vacinados e 25% de imunizados.
Chupa, Joe
Para termos ideia da situação atual, o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos na proporção da população vacinada até a semana que vem.
Militares não têm alternativa a Bolsonaro em 2022
À exceção dos militares deixados para trás, como os magoadíssimos ex-ministros Santos Cruz (Governo), agora na trincheira da oposição, e Fernando Azevedo e Silva (Defesa), os militares continuarão apoiando Jair Bolsonaro por uma razão: a eleição de 2022 repetirá a polarização esquerda/direita, e o atual presidente ainda é, para eles, o único capaz de vencer Lula, por quem têm ojeriza, ou um preposto que o substitua.
‘Crise’ é torcida
Ativistas na mídia alimentam a fantasia de que generais estão “indóceis” com o PP na Casa Civil. Nem o general que foi demitido confirma isso.
Batem continência
Obrigado a ceder a Casa Civil a Ciro Nogueira, o general Luiz Eduardo Ramos aceitou alegremente um novo ministério. Militar bate continência.
Lição de poder
Perguntaram a Raúl Alfonsín, presidente da Argentina pós-ditadura, qual seria sua relação com os quartéis. “Militares batem continência”, ensinou.
Dedos cruzados
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou durante debate sobre as reformas política e eleitoral que “a cláusula de barreira vai tirar oito ou nove partidos nesta eleição (2022)”. Tomara.
Viva a Fiocruz
O Brasil passou das 141 milhões de doses aplicadas e a Fiocruz comemorou ter fornecido mais de 80 milhões de doses ao governo federal, a maior fornecedora do Plano Nacional de Imunização.
Ativismo eleitoral
Repórteres e âncoras chamando Bolsonaro de mentiroso e “comprando” quaisquer versões, desde que contrárias ao governo, mostra como a campanha de 2022 será, como se diz em política, uma “carnificina”.
Pinóquio dá inveja
Sem ser importunada por “verificadores”, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, espalhou fake news de que Paulo Guedes (Economia) cortou “96% da verba do IBGE”. É o velho vale-tudo eleitoral de volta.
Vetos dos vetos
Há 25 vetos do presidente Bolsonaro a serem avaliados no Congresso após o recesso. Desses, 14 estão “sobrestando a pauta”, o que significa que nada pode ser votado até serem votados.
Por que não?
Bolsonaristas sairão às ruas, domingo (1º) em defesa do voto auditável. A impressão do voto já é adotada em todos os 44 países que usam urnas eletrônicas. Só Brasil, Butão e Bangladesh recusam essa evolução.
Tempos estranhos
Uma ex-funcionária resolveu processar uma editora especializada em publicações sobre veículos por dizer que um carro era “confortável para uma vovó”. O juiz indeferiu a ação da senhora de 62 anos, que é avó.
Contracheque na mão
A pandemia ainda afeta o mercado de trabalho, apesar dos números de carteiras assinadas em franca ascensão. Estudo da Luandre RH, revelou que 90% dos desempregados aceitam ganhar menos, mas ganhar algo.
Pensando bem…
…o fundão eleitoral foi reajustado de acordo com a inflação… do início dos anos 1990.