Foto: CNI
O Brasil gerou 431.995 empregos com carteira assinada em fevereiro de 2025, o melhor resultado mensal desde o início da nova série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), iniciada em 2020. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O saldo positivo é resultado de 2.579.192 admissões contra 2.147.197 desligamentos. No acumulado de 2025, já são 576.081 novas vagas formais. Nos últimos 12 meses, o saldo é de 1.782.761 empregos. O total de vínculos celetistas ativos no país chegou a 47,78 milhões.
Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, os dados refletem a política de investimentos adotada pelo governo federal, com foco na reindustrialização e no estímulo a setores estratégicos como saúde e energia sustentável.
“O que se necessita no Brasil é um grande pacto de mais produção para conter a inflação, e não o contrário”, afirmou o ministro, ao criticar a atual política de juros altos do Banco Central.
Destaques por setor
O setor de serviços liderou a geração de empregos, com 254.812 novos postos (variação de 1,1%), seguido pela indústria (69.884), comércio (46.587), construção (40.871) e agropecuária (19.842).
Apesar do saldo positivo, o salário médio de admissão caiu para R$ 2.205,25 – uma redução real de R$ 79,41 (ou -3,48%) em relação ao mês anterior.
Perfil das contratações
Gênero: Mulheres ocuparam a maioria das vagas (229.163), seguidas por homens (202.832).
Faixa etária: A maior concentração foi entre jovens de 18 a 24 anos, com 170.593 novos postos.
Escolaridade: O ensino médio completo foi o nível mais comum entre os contratados, com 277.786 vagas.
Faixa salarial: A maioria das vagas (312.790) se concentrou em salários de até 1,5 salário mínimo.
Cor/raça: Pessoas autodeclaradas pardas ficaram com o maior saldo (269.129), seguidas pelas brancas (189.245).
Desempenho por estado
Com exceção de Alagoas, todos os estados tiveram saldo positivo de empregos. Os destaques em números absolutos foram:
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São Paulo: 137.581 novos postos
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Minas Gerais: 52.603
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Paraná: 39.176
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Entre os menores saldos estão:
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Alagoas: -5.471 postos (único saldo negativo)
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Acre: 429
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Paraíba: 525
Em termos relativos (proporção ao estoque de empregos), os maiores crescimentos foram registrados em:
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Goiás: +1,30%
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Tocantins: +1,25%
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Mato Grosso do Sul: +1,24%