Campanha do presidente alega que o deputado é uma ‘verdadeira fábrica de fake news’
A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a suspensão de todas as redes sociais do deputado federal André Janones (Avante-MG) até o fim das eleições de 2022. O documento foi protocolado neste sábado, 15.
O chefe do Executivo alega que Janones está cometendo abuso de seus meios de comunicação para divulgar informações mentirosas. Segundo a equipe de Bolsonaro, o parlamentar “vem se utilizando de suas redes sociais, ostensivamente, como verdadeira fábrica de fake news, para divulgar e incentivar o compartilhamento em massa de publicações de conteúdo sabidamente falso”. Ainda segundo a campanha, o deputado promove “maliciosas ações coordenadas, com o objetivo desvelado de esvaziar a eficácia das decisões proferidas pela Justiça Eleitoral”.
No documento, a campanha de Bolsonaro menciona várias declarações de Janones. Em uma delas, o parlamentar reconhece que sua postura nas redes sociais é prejudicial à democracia. “Mas esse é o preço para salvá-la, estou disposto a pagar”, ressalvou o deputado, em entrevista à Folha de S.Paulo.
Os advogados afirmam que a disseminação de fake news faz parte de uma campanha difamatória contra Bolsonaro e conta com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O que se tem, no caso dos autos, é um esforço deliberado, organizado e ilegal, com o único objetivo de degradar a candidatura de Jair Bolsonaro, que conta com o apoio e a uníssona colaboração de todos os ora investigados”, diz a representação.
A campanha do presidente alega que, “por meio de intolerável estratégia de desinformação intencional e deliberada do eleitorado, denominada pela mídia de ‘janonismo cultural’, o deputado André Janones tem gerado benefícios não só à campanha do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, da qual faz parte, como também auferiu dividendos à sua própria candidatura”.
Coordenador da campanha digital de Lula
Reportagem publicada na Edição 134 da Revista Oeste mostra que a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores mandou o republicanismo às favas. Para derrubar Bolsonaro e reconduzir Lula ao Palácio do Planalto, os petistas renunciaram à apresentação de propostas e optaram por disseminar fake news sobre o chefe do Executivo. A indústria de mentiras envolve intelectuais, artistas, jornalistas e políticos.
O líder dessa engrenagem é Janones, coordenador da campanha digital de Lula. Ele conquistou relevância nacional em abril deste ano, quando, durante entrevista à GloboNews, disse que Emmanuel Macron era o presidente da Argentina. Macron, na verdade, é o presidente da França. E quem governa os hermanos é Alberto Fernández.
REVISTA OESTE