Jair Messias Bolsonaro, presidente da República – Foto: Alan Santos/PR.
O presidente Jair Bolsonaro deve ter esquecido da lambança política em que se pode transformar uma CPI, especialmente uma que investigue o seu próprio governo, da qual a Petrobras faz parte. Afinal, como advertiu o falecido deputado Ulysses Guimarães, “todos sabem como começa, mas ninguém sabe como termina uma CPI”. Como a da Pandemia, que produziu quase um ano de noticiário negativo. Já houve a CPI da Petrobras no Senado, em 2009, e outra em 2014, que pouco produziram.
Muito familiar
Quando reclama da política de preços e até defende CPI, Bolsonaro tenta a estratégia de descolar-se dos aumentos da Petrobras.
Recordar é viver
A CPMI de 2014, instaurada em julho daquele ano eleitoral, investigou as falcatruas na Petrobras desvendadas pela operação Lava Jato.
Quase pizza
Já a CPI no Senado, em 2009, investigou falcatruas nos contratos do Pré-Sal e também o superfaturamento da refinaria de Abreu e Lima (PE).
Outros tempos
A “estatal” já havia se tornado alvo de uma comissão parlamentar mista de inquérito em 1989, para “investigar a crise financeira da Petrobras”.
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: redes sociais.
Lula não explicou ligação ao contador do ‘PCC’
Para quem foi condenado à prisão por roubar dinheiro público e agora está em campanha para retomar a chave dos cofres do Tesouro Nacional, o ex-presidente Lula precisa explicar suas relações com o contador João Muniz Leite, investigado pela Polícia Civil de São Paulo por lavar dinheiro, muito dinheiro, para o PCC e outros bandidos. Muniz fez a declaração pessoal do ex-presidiário Lula entre 2013 e 2016.
Mesmo endereço
João Muniz Leite tem outra proximidade intrigante com o ex-presidente: segundo a polícia, compartilha o mesmo endereço do vulgo Lulinha.
Tutti buona gente
O contador ligado a Lula e a mulher ganharam 55 vezes em loterias federais em 2021, sendo que um prêmio foi dividido com um traficante.
Olha a ousadia
A Polícia Civil desconfia que, lavando R$16 milhões com ajuda do contador, o “PCC” comprou uma empresa de ônibus em São Paulo.
Números da injustiça
O MDB de Simone Tebet, que tem 1%, no máximo 2%, nas pesquisas para presidente, vai levar R$363 milhões do Fundão Eleitoral. O PL de Bolsonaro, muitas vezes mais forte, vai receber R$288 milhões.
Jorrando lucros
Presidente da Câmara, Arthur Lira vai reunir o colégio de líderes nesta segunda (20) para discutir a taxação dos lucros da Petrobras, empresa que neste momento “está trabalhando para pagar dividendos a fundos”.
Pessoas que causam mal
Em entrevista ao jornalista Wyderlan Araujo, o deputado Davi Davino lavou a alma dos alagoanos afirmando que Renan Calheiros “só fez envergonhar o Estado”, envolvido “em todos os escândalos nacionais”. E exortou: “Alagoas precisa se libertar de pessoas que causam mal”.
Joecessão
Com a queda da Bolsa, a disparada na inflação e nos juros e os preços astronômicos dos combustíveis, a crise nos EUA já foi apelidada de “Joecession”: a recessão do presidente democrata Joe Biden.
Essas pesquisas…
Em 2018, Ibope e Datafolha previam, respectivamente, 12% e 11% das intenções para Wilson Witzel, então candidato do PSC ao governo do estado do Rio de Janeiro. Ele acabou vencedor com 41,3% dos votos.
Não é assim
A deputada estadual Janaina Paschoal não consegue ver qualquer elemento para abertura de CPI para investigar a Petrobras. A instalação sequer seria conveniente “no momento” atual do país, disse.
Fica a dica
O cientista político Paulo Kramer sugeriu que os parlamentares aprovem “com urgência” a privatização fatiada da Petrobras. “Melhor resposta que o Congresso Nacional pode dar ao corporativismo”, disse.
O Japão no Brasil
O navio Kasato Maru atracou em Santos (SP) com os primeiros 781 imigrantes japoneses, completam-se agora 114 anos. Hoje, o Brasil é o lar da maior população de origem japonesa fora do Japão.
Pensando bem…
…o problema de fazer campanha no “estilo” anos 1990, é que hoje existe o print.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
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