Bolsonaro aceita convite de Biden para a Cúpula das Américas

Política Internacional

Bolsonaro confirmou viagem para participar da Cúpula das Américas, em junhoBolsonaro confirmou viagem para participar da Cúpula das Américas, em junho | Foto: Anderson Riedel/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 26, que aceitou um convite do norte-americano Joe Biden para participar da Cúpula das Américas, evento que acontece entre 6 e 10 de junho, em Los Angeles.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou a agenda e manifestou que existe a possibilidade de um encontro bilateral entre Bolsonaro e o presidente Biden, durante os dias da Cúpula.

“Eu estava propenso a não comparecer. Não posso ir, com o tamanho do Brasil, ser moldura de uma fotografia”, disse Bolsonaro em Brasília.

“Não vou para lá sorrir, apertar a mão e aparecer em fotografia, vou para resolver os assuntos. É isso que trabalhamos e eu sou presidente do Brasil e não, como alguns querem, que eu acolha uma pauta internacional para ficar bem na foto. Isso não vai acontecer por parte do Brasil enquanto eu for presidente.”

O objetivo da Cúpula das Américas é reunir os líderes do continente para discutir o fortalecimento da democracia na região. O governo EUA organiza a edição deste ano e não convidou Nicarágua, Venezuela e Cuba. Em reação, países como México, Bolívia e Honduras manifestaram que não devem participar do evento.

Primeiro encontro

Depois da sinergia com Donald Trump, Bolsonaro mantém uma relação distante com Biden desde a eleição do norte-americano, em 2020, quando derrotou seu antecessor. A agenda de junho em Los Angeles marca o primeiro encontro entre os dois chefes de Estado.

A decisão de Bolsonaro em viajar aos Estados Unidos acontece dois dias depois da visita em Brasília do enviado especial para a Cúpula das Américas, Christopher Dodd. Em nota divulgada pela Embaixada norte-americana, o diplomata agradeceu a disposição do governo brasileiro.

“Em meu encontro com o presidente Bolsonaro, reiterei o nosso desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero”, manifestou Dodd.

“Como um dos parceiros mais importantes dos EUA na região, o que fazemos em conjunto com o Brasil faz a diferença.”

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