Sem contar plano de saúde perpétuo pago pelos que não têm alternativa à fila do SUS, o banco público BNDES paga salários de até R$76,8 mil. Foto: EBC
Cláudio Humberto
É revoltante: sem contar o plano de saúde perpétuo pago pelos que não têm outra alternativa senão a fila do SUS, o banco público BNDES paga salários de até R$76,8 mil, equivalentes a mais de 63,3 vezes o salário mínimo de R$1.212 da maioria dos trabalhadores e aposentados do País. O BNDES também tem a segunda média salarial das estatais; mais de R$31 mil por mês entre 2.501 funcionários.
Plano de saúde
O BNDES banca o chamado “benefício de assistência à saúde”, BAS dos funcionários. O gasto da estatal com isso vai a R$177,3 milhões.
INSS, nem pensar
O plano de previdência complementar de cada um dos 4,8 mil participantes, custeado pelo BNDES, custa mais de R$5 mil por mês.
Fonte insuspeita
Planos de previdência no BNDES custaram R$306 milhões em 2020, diz o Relatório de Benefícios das Estatais, do Ministério da Economia.
Pagamos até a feira
O auxílio-refeição de mais de R$1,5 mil por mês é pago 12 vezes ao ano, e o auxílio-alimentação de R$636 tem 13 pagamentos.
Funcionários do governo do Distrito Federal distribuem máscaras de proteção na movimentada rodoviária do plano piloto – Foto: Acacio Pinheiro/Agência Brasília.
Descobriram a pólvora: ônibus é o vilão da covid
Após dois anos de pandemia, a Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC) descobriu a pólvora, atestando que o transporte público foi o vilão na transmissão avassaladora da variante ômicron no País. A “descoberta” é de uma obviedade ululante, como diria Nelson Rodrigues, mas os burocratas obtusos da agência reguladora Anvisa, em visão preconceituosa, acham que vilão é o cruzeiro marítimo.
Vilões imaginários
Ônibus, metrô e trens superlotados foram negligenciados na pandemia por órgãos, como a Anvisa, e buscavam vilões imaginários.
Preço da estupidez
A proibição da Anvisa cancelou a temporada que movimentaria este ano cerca R$1,7 bilhão na economia Brasil e liquidou 24 mil empregos.
Protocolos seguidos
Nem é preciso ter feito viagens de cruzeiro para saber que, no navio, todos os protocolos contra covid são respeitados. Já no ônibus lotado…
Ingenuidade
Candidato a presidente, Sérgio Moro afirmou em entrevista que o orçamento federal “foi sequestrado” pelas emendas parlamentares. Ingênuo, acha que, como presidente, poderia acabar com emendas.
Tão perto, tão distante
A imprensa brasileira se associou à esquerda britânica pela renúncia do premiê Boris Johnson, por haver ido a uma festinha em Downing St. 10. Mas silencia sobre o indiciamento do presidente argentino Alberto Fernández, por festinha semelhante na residência oficial de Olivos.
Descaso proposital
Viajantes sofrem no Aeroporto de Natal com sol que entra por paredes de vidro de quase 20 metros e descaso da Inframérica, que segundo funcionários da área de embarque, deixa o ar-condicionado desligado.
Estratégias fracas
A estratégia de mostrar um “presidente raiz” já cansou a maioria dos bolsonaristas, mas criticar por criticar é erro estratégico de adversários. Afinal, quem nunca deixou cair farofa no chão é porque nunca comeu.
Noves fora, nada
“Não vejo possível consequência no registro de candidatura”, avalia Renato Ribeiro de Almeida, doutor em Direito pela USP, “muito menos na Lei da ficha limpa”, sobre a falta Bolsonaro ao depoimento à PF.
Muito a comemorar
Prefeito de Maceió, JHC comemorou dados divulgados pelo Caged sobre geração de empregos com carteira assinada na capital alagoana. “Maceió gerou metade dos empregos de Alagoas em 2021”, disse.
Teste covid dá dinheiro
Apesar de ser um dos aluguéis comerciais mais caros da cidade, o laboratório Sabin mantém uma loja no aeroporto de Brasília dentro da área de embarque para fazer testes de covid nos passageiros.
Não é 100%
Câmara e Senado voltam ao trabalho nesta quarta (2), após quase mês e meio de recesso. Ainda assim não estarão 100%, com ambas em regime remoto de trabalho e sabe como é, ano de eleição…
Pensando bem…
…tomara que a próxima pandemia seja de geração de empregos.