‘Black friday’ evidencia o fracasso dos Procons

Coluna do Cláudio Humberto

“BLACK FRIDAY” PROVA FRACASSO DOS PROCONS

Ocasião pode ser uma boa oportunidade para quem vai comprar presentes para o Natal

 

A propaganda enganosa prevalece na “black friday”, instituição norte-americana que o Brasil conseguiu desmoralizar. Nos Estados Unidos, onde surgiu a promoção, multidões invadem lojas por produtos vendidos a 10% (ou menos) do valor original. No Brasil, a frase “tudo pela metade do dobro” resume a enganação ao cidadão. E evidencia a falência dos Procon, que, incapazes de impedir a “black fraude”, deveriam ser extintos até para nos poupar do custo que representam.

Dicas abestadas

As atividades do Procon se resumem a divulgar dicas abestadas, como “pesquisar preços”, e promessas de “fiscalização” sempre insuficiente.

Novos disfarces

Como o consumidor virou gato escaldado, inventaram no Brasil a “ultra friday”, “golden friday”, “bank friday”, “black das blacks” e outros logros.

Lá, funciona

Nos EUA, uma loja que tentasse enganar o consumidor desapareceria do mercado, com a reputação destruída, e o dono devidamente preso.

Reino da enganação

No Brasil, gastam-se fortunas em propaganda enganosa, em vez de investir em ofertas atraentes, consolidando seu espaço no mercado.

Na retomada, empresas desvalorizam até 82,54%

A gigante do varejo Magalu está entre as empresas que mais desvalorizaram na bolsa de valores durante 2021, ano marcado pela flexibilização e a volta do comércio físico. A informação da plataforma FinDocs Inteligência Financeira foi vazada pela corretora Modal para clientes. A Magalu, que cresceu muito até 2020, incorporando outras empresas, desvalorizou 64,65%. Mas não apresenta a pior situação. A Enjoei, brechó virtual de sucesso, foi a que mais desvalorizou: 82,54%.

Outros setores

O levantamento mostra também desvalorização da imobiliária Viver (-82,47%) e da plataforma de comércio eletrônico Mosaico (-78,41%).

Números fortes

A FinDocs aponta ainda, entre as desvalorizadas a Méliuz, plataforma de cash back (69,83%), e a Via, outra gigante do varejo (65,72%).

Ranking triste

A Magalu está em 6º lugar, entre as que mais desvalorizaram, seguida da imobiliária Gafisa (64,58%) e da operadora de telefonia Oi (63,23%).

Melhor estatal

Registrando recorde de lucros, apesar de haver reduzido juros, a Caixa foi escolhida a melhor entre 378 estatais, incluindo os bancos federais. Pudera. Alem de haver distribuído R$1 trilhão em benefícios sociais do governo, só em julho e agosto atendeu 90 milhões de pessoas.

Nada suspeito

Um grupo de cientistas pediu, via lei de acesso à informação, os documentos da licença da vacina Pfizer nos EUA, mas a FDA (a vigilância sanitária de lá) deu prazo até 2076 para a divulgação.

Decepção enorme

O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) diz não acreditar que Alckmin, “político de rara credibilidade”, esteja cotado para vice do ex-presidiário Lula. “Seria uma decepção enorme. Geraldo não se sujeitará a isso”.

Falta substância

O Conselho de Ética da Câmara deve votar terça (23) a ação contra Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo. Ele foi citado por Luis Miranda (DEM-DF), que continua lutando contra o ostracismo.

De mulher pra mulher

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara aprovou projeto para conceder meia-entrada em todos os eventos de lazer a todas as mulheres no dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres.

Útil e agradável

A segurança alimentar foi um dos grandes temas das conversas entre Bolsonaro e autoridades árabes. Segundo o presidente, Barein, Catar e Emirados Árabes chegam a importar 90% do alimento consumido e o Brasil assinou protocolos de intenção para garantir esse mercado.

Decisão é decisão

A respeito do atirador inocentado por ‘ter se defendido’ durante ataque em protesto violento nos EUA, provocando duas mortes, o presidente Joe Biden disse: “o sistema do júri funciona, e temos que obedecê-lo”.

Caso pensado

A gasolina subiu 21% desde abril, a pretexto da alta do petróleo ou do dólar, mas o etanol, 100% nacional, teve alta de 27% no período. Além de explorar os consumidores, a política de preços da Petrobras impede que o etanol se transforme no combustível preferido dos brasileiros.

Pensando bem…

…para o recesso branco, o apoio não é pálido.

Diário do Poder – Coluna do Cláudio Humberto


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