Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (Foto:Tauan Alencar)
CLÁUDIO HUMBERTO
Alexandre Silveira (Minas e Energia) terá que explicar os 17 encontros fora da agenda com executivos da Âmbar Energia, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Na sequência, o presidente Lula (PT) assinou medida provisória transferindo para a conta de luz dos brasileiros uma dívida bilionária da Amazonas Energia dois dias antes de a dupla fechar a compra da empresa. “Esse governo continua com as mesmas práticas”, diz Marcos Pollon (PL-MS), referindo-se à história de corrupção petista.
Beijando cobra na boca
As reuniões fora da agenda ligaram o alerta no Congresso, por isso o deputado Marcos Pollon requereu a convocação do ministro para depor.
Sobrou pra geral
Pollon também quer a convocação de Rui Costa (Casa Civil). Vê possível favorecimento aos irmãos Batista com a edição da medida provisória.
Tem coisa aí
A Âmbar é acusada de descumprir contrato emergencial de 2021. Cabo Gilberto Silva (PL-PB) suspeita de tráfico de influência e concussão.
Deputado profeta
O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) já havia alertado no podcast Diário do Poder que os irmãos Batistas “voltaram com tudo”.
Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)
Lira diz que é ‘fake’ sua indicação para chanceler
Diplomatas bem-posicionados trabalham com a certeza, e até com a esperança, de que o presidente Lula irá se livrar do chanceler decorativo Mauro Vieira e nomear o presidente da Câmara dos Deputados para o cargo de ministro das Relações Exteriores, no início de 2025. Com ou sem Lira, esses diplomatas querem o Itamaraty recuperando prestígio, com um ministro com força política de fato relevante. Porém, à coluna, o deputado Arthur Lira (PP-AL) negou essa possibilidade: “é fake news”.
Submissão
Desde que assumiu, Lula confia ao assessor Celso Amorim as missões mais relevantes, reservando a Vieira papel de ministro semi-desocupado.
Papel acessório
Tido como chanceler “decorativo”, Mauro Vieira exerce apenas papel protocolar, sem participar efetivamente da formulação de política externa.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO