Petista disse ter ficado assustado com declarações do venezuelano sobre o que pode acontecer após as eleições
Nicolás Maduro e Luiz Inácio Lula da Silva Foto: Ricardo Stuckert/PR
Nesta terça-feira (23), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comentou a reação do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e de outros políticos sobre uma a em que mencionou um “banho de sangue na Venezuela”. Sem citar o nome do petista, Maduro disse para aqueles que ficaram assustando tomarem “um chá de camomila”.
Durante comício realizado na semana passada, o líder venezuelano afirmou que nas eleições do dia 28 de julho será decidido entre a paz ou a “guerra civil”, e previu um “banho de sangue” caso perca o pleito. Após a declaração, Lula afirmou que Maduro precisava “aprender” a se retirar do poder caso levasse um “banho de voto”.
– Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que, se ele perder as eleições, vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora – ressaltou o petista nesta segunda (22).
Em declaração à imprensa, Maduro falou sobre a declaração do presidente brasileiro e disse que foi apenas uma reflexão.
– Eu não disse mentiras. Apenas fiz uma reflexão. Quem se assustou que tome um chá de camomila (…) Na Venezuela vai triunfar a paz, o poder popular, a união cívico-militar-policial perfeita – apontou.
Ele também explicou sua fala e afirmou que o país já passou por um “banho de sangue”.
– Eu disse que se, negado e transmutado, a direita extremista (…) chegasse ao poder político na Venezuela haveria um banho de sangue. E não é que eu esteja inventando, é que já vivemos um banho de sangue, em 27 e 28 de fevereiro – destacou.