Banco Central da Argentina eleva juros a 118% após eleições prévias

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Candidato Javier Milei propõe acabar com a autoridade monetária e dolarizar a economia

Pesos argentinos (Imagem ilustrativa) Foto: Pexels

Nesta segunda-feira (14), o Banco Central da República da Argentina aumentou a taxa de juros em 21 pontos porcentuais, elevando-a para 118%.

Outra mudança do Banco Central argentino foi elevar o câmbio oficial em 22%, assim, cada dólar será vendido a 350,05 pesos (aproximadamente R$ 4,94). Na prática, o peso argentino fica desvalorizado em 18%.

Em comunicado, a instituição afirmou que as mudanças visam “ancorar as expectativas cambiais e minimizar o grau de repasse aos preços, tender a retornos reais positivos dos investimentos em moeda local e favorecer o acúmulo de reservas internacionais”.

– A autoridade monetária considera conveniente reajustar o nível das taxas de juro dos instrumentos de regulação monetária, em linha com a recalibração do nível da taxa de câmbio oficial – diz o documento.

A mudança aconteceu um dia após as eleições Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (Paso) que resultou em quase um terço dos eleitores (30,04% dos votos) escolhendo Javier Milei como favorito para a Presidência do país.

Milei se propõe a dolarizar a economia, eliminar o Banco Central e cortar gastos públicos. Sua vitória neste domingo (13) gerou forte pressão sobre o câmbio e os mercados de renda fixa e variável da Argentina.

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