Manifestações contra ministros do STF marcaram ato na Paulista | Foto: Paula Leal
O ato do Dia do Trabalhador a favor da liberdade de expressão reuniu milhares de pessoas na Avenida Paulista neste domingo, 1º, no começo da tarde. Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ocuparam inteiramente dois quarteirões, com maior concentração na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), e se manifestaram contra a atuação recente do Supremo Tribunal Federal (STF).
As manifestações de 1º de maio ao redor do país foram convocadas em nome da liberdade de expressão e do governo federal, mas também em apoio ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). O parlamentar atualmente enfrenta processo no STF em caso que vem causando conflito de poderes nos últimos meses.
Neste domingo, o ato na Avenida Paulista foi marcado por diversas manifestações individuais contra ministros do STF, como Alexandre de Moraes, responsável pelo processo contra Silveira e pelo inquérito das fake news, que atinge a base de apoio do governo.
Também foi criticado nas ruas Luís Roberto Barroso, que na última semana causou controvérsia ao falar em suposta tentativa de intervenção dos militares na eleição.
Deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no evento deste domingo | Foto: Paula Leal
Brasília e Niterói
Mais cedo neste domingo, Jair Bolsonaro fez uma breve aparição no ato de apoiadores em Brasília. O presidente passou pela concentração popular na Esplanada dos Ministérios, mas evitou discursar. O mandatário concedeu apenas uma declaração para a transmissão em suas redes sociais.
“Vim cumprimentar o pessoal que está aqui na manifestação pacífica em defesa da Constituição, da democracia, e da liberdade. Então parabéns a todos de Brasília, bem como todos brasileiros que hoje estarão nas ruas”, disse.
“Vou ser muito breve. O presidente disse: ‘a liberdade vale mais que a própria vida’. O que é um homem, uma mulher sem liberdade? Não vive, somente existe. Nós não vamos existir, nós vamos viver e vamos, sim, colocar o Brasil na liberdade que o presidente tanto sonha”, afirmou Silveira.
Silveira foi condenado pelo STF, no último dia 20 de abril, a oito anos e nove meses de prisão pelos crimes de incitação à violência contra o Estado Democrático de Direito e coação contra a Corte no curso do processo.
Um dia depois, o deputado recebeu o indulto do presidente Jair Bolsonaro, em decisão que ainda é contestada por partidos de oposição em ações no STF.
REVISTA OESTE
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