Ataques ao BC reforçam temor de manipulação

Destaque

Roberto Campos Neto, reconhecido como melhor presidente de Banco Central do mundo, tido por Lula como inimigo. Foto: Raphael Ribeiro

Cláudio Humberto

Na polêmica sobre a taxa Selic de 13,75%, o governo Lula (PT) adota a estratégia de pressionar politicamente o Banco Central a alterar sua avaliação técnica para definir indicadores sensíveis da economia. Em todo o mundo democrático, os bancos centrais são autônomos, como no Brasil, blindados de influência política. A estratégia reforça a suspeita de que o governo tenta desestabilizar a direção do BC para assumir o controle e definir taxa de juros irreais, de olho na próxima eleição.

Selic tem a força

Não por ignorância e sim por esperteza, o PT difunde a lorota de que a queda da inflação é obra do governo. Mas é consequência da taxa Selic.

Passo a mais

No mercado, a indicação do ativista Marcio Pochmann para o IBGE reforçou a suspeita de que há um plano para “controlar” indicadores.

Ataques injustos

Ataques de Lula ao BC irritam cada vez mais especialistas que conhecem a integridade e a qualidade técnica de quem define a Selic.

Decisão é técnica

Eleito melhor presidente de BC do mundo, Roberto Campos Neto apoiou a taxa Selic de 13,75% no início da campanha presidencial de 2022.

Desde a posse, em fevereiro, quando fizeram evaporar R$1,2 milhão, os gastos têm aumentado. Em junho, ultrapassara os R$2 milhões.

MG: deputados têm R$8,6 milhões de ressarcimento

Deputados estaduais de Minas Gerais torraram mais de R$8,6 milhões em verbas indenizatórias, somente este ano, segundo dados da transparência da própria Assembleia Legislativa, de fevereiro a junho. Com o artifício, os parlamentares são ressarcidos de despesas com combustíveis, manutenção e aluguel de carros, passagens, hospedagem, alimentação, consultorias, promoção de eventos… enfim, uma farra.

PT gastador

O gabinete de Ulysses Gomes (PT): gasta sem piedade: R$198,6 mil. Em junho, R$41 mil só com “divulgação da atividade parlamentar”.

Menos caro

Entre os que já apresentaram notas todos os meses, o gabinete que menos gastou foi de Eduardo Azevedo (PSC): R$42,1 mil.

Escalada

Desde a posse, em fevereiro, quando fizeram evaporar R$1,2 milhão, os gastos têm aumentado. Em junho, ultrapassara os R$2 milhões.

Consulta tardia

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi consultado sobre a escolha do Silvio Costa Filho (Rep-PE) para o ministério somente depois de o governo chamar o deputado pernambucano para conversar.

Caça aos marajás

O presidente do Cidadania, Rubens Bueno, reclama da demora na tramitação da sua PEC que acaba os super-salários, que hoje custam quase R$4 bilhões ao pagador de impostos. “Entregamos o relatório em 2021. Desde então, o projeto está paralisado”, cobra o ex-senador.

O famoso Q.I

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) tenta na Justiça barrar esposas de ministros e aliados de Lula que assumiram cargos vitalícios. Na lista, sobrenomes conhecidos, como Góes, Calheiros, Barbalho e Dias.

General na CPI do MST

General de Lula, Gonçalves Dias, ex-GSI, tomou um revés no STF: está obrigado a dar as caras na CPI do MST. Mas pode ficar calado à vontade, não será sentenciado pela mídia por “abusar do silêncio.

Lula ainda mudo

Há dois meses, em 30 de maio, a jornalista Delis Ortiz era agredida dentro do Itamaraty por capangas do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, amigão de Lula que, aliás, nunca deu um piu sobre o assunto.

Mantega dá alergia

Guido Mantega ainda provoca urticária. Após o ex-ministro da Fazenda de Dilma ser citado para diretor da Vale, cruz credo, as ações fecharam em queda: R$67,63. E já valeram mais de R$114 em 2021.

Venezuela é aqui

A divulgação clandestina dos dados bancários do ex-presidente Jair Bolsonaro revoltou aliados e familiares do ex-presidente. “Já vivemos na Venezuela”, concluiu o “zero dois”, Carlos Bolsonaro.

Ele se mexeu

O ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos), alvo de fogo amigo como as colegas Nísia Trindade (Saúde) e Ana Moser (Esporte), resolveu mostrar serviço. Deixou Brasília para visitar presídios por aí.

Pensando bem…

…aparelhar um órgão técnico é como invadir propriedades alheias: tem um quê de crime premeditado.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO

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