Onda de crime tem ganhado força em meio à pobreza e à crise econômica
(Imagem ilustrativa) Foto: EFE/EPA/AARON M. SPRECHER
Diversas regiões da Argentina vêm sofrendo uma escalada de roubos coordenados em grupos contra supermercados e lojas, em meio ao agravamento da pobreza e à remarcação de preços. Somente na madrugada desta quarta-feira (23), 56 pessoas foram presas em municípios ao redor de Buenos Aires, número considerado ínfimo diante da quantidade de criminosos que atuam nos ataques.
Segundo informações do portal UOL, os crimes têm método e já possuem um nome: “ataque piranha”, em alusão ao cardume que destrói suas vítimas em questão de segundos. Esses roubos costumam ocorrer na parte da noite, quando os comércios estão se preparando para fechar.
Os ataques, que frequentemente envolvem menores, tendem a começar nas redes sociais, com a convocação de perfis falsos.
Um dos roubos mais agressivos desta madrugada foi registrado no município de Moreno, quando 50 pessoas contornaram o mercado Conquista. O proprietário chegou a tentar se defender fechando as portas de metal, contudo, os criminosos incendiaram um depósito de botijões de gás e forçaram os portões do mercado, derrubando-os e retorcendo-os.
– Primeiro, roubaram bebidas alcoólicas, depois eletrodomésticos, computadores e geladeiras. Por último, os alimentos. Os que roubaram são os mesmos moradores da vizinhança que vêm aqui comprar. Chegaram a virar o rosto quando me viram – relatou Johana, que trabalha como caixa no estabelecimento.
O dono do mercado, por sua vez, chegou a ser ferido com uma pedrada no rosto.
Os supermercados são os principais alvos, mas os crimes também atingem lojas de roupas, por exemplo, e costumam durar apenas segundos, deixando grandes estragos.
Outras regiões que registraram ataques como esse são Escobar, Don Torcuato, José C. Paz, Ciudadela, Morón, Malvinas Argentinas, Cutral Co, Neuquén, Córdoba, Río Cuarto.
PLENO.NEWS