Sinto muito não ter a mínima vontade de estar junto a vocês, muito menos escutar qualquer uma de suas posições. Já não sinto saudade, muito menos da falta de suas presenças, pois estou tremendamente decepcionado com o rumo que suas ideias e do quanto elas são perniciosas para o futuro desse país.
Aceitei no passado divergir de suas paixões esportivas, pois eram opiniões naturais e completamente aceitáveis. Muito menos da fé que os motiva na busca pela espiritualidade, pois cada um segue sua convicção religiosa ou até a ausência completa dela. Nada disso nunca me incomodou.
Mas, no momento que passaram a desprezar valores fundamentais, que deveriam nortear suas vidas no caminho da justiça, da dignidade e do caráter, não posso mais me permitir lhes acompanhar.
Defendo ainda posições que aprendi no seio de minha família, onde desde muito cedo comecei a construir meus conceitos de caráter e dignidade, dos quais não posso fugir muito menos divergir. São valores inestimáveis que apesar de muitos erros cometidos durante minha longa vida, se tornaram cada dia mais fortes e muito mais indispensáveis.
Portando perdoem-me por minha ausência, vou seguir meu caminho, mesmo que seja solitário, pois defendo a vida desde sua concepção, não aceito ser cumplice de ladrões, não concordo com ideologia de gênero para adestrar crianças e estou perplexo com as decisões ditatoriais do judiciário brasileiro, em sua mais alta instância. Esse enfim é o oceano abissal que nos separa e dele não abro mão.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação
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