Gestores de ativos como XP e Legacy também preveem aperto monetário a partir de setembro
Analistas do JPMorgan, maior banco do mundo, consideram que o Brasil começará a aumentar os juros em setembro, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), e chega a prever a Selic a 11,5% no início de 2025.
O banco, que é considerado o maior do mundo, precifica aumento de 0,25 ponto percentual na reunião do Copom deste mês e três aumentos adicionais de mesma magnitude nos próximos meses. A Selic está atualmente em 10,50%.
Outros bancos, incluindo o também norte-americano Wells Fargo e grandes gestores de ativos, como XP Investimentos e Legacy, também preveem um ciclo de aperto monetário começando em setembro.
De acordo com informação publicada no portal InfoMoney, a equipe de estratégia do JPMorgan, formada por Emy Shayo e Cinthya Mizuguchi, continua vendo as taxas caindo no segundo semestre de 2025, atingindo 9,50% no final do ano que vem.
As estrategistas apontam o que tem causado essas mudanças: as leituras do índice de inflação não melhoraram, as expectativas de inflação estão acima da meta, o real se desvalorizou nos últimos dias e o Banco Central interveio no mercado de câmbio.
Emy e Cinthya avaliam que a elevação de juros pode ser vista como positiva, pois é um bom presságio para a credibilidade do BC (reancorando as expectativas de inflação) e reduzindo a depreciação do real. Também reforça a independência do BC, especialmente agora durante a transição da presidência de Roberto Campos Neto para Gabriel Galípolo, a partir do ano que vem.
DIÁRIO DO PODER