Alvos da CPI da Covid vão ao STF para anular quebras de sigilo

Quebra de Sigilo

Após terem aprovados requerimentos de quebra de sigilos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, alguns dos alvos do colegiado decidiram acionar a Justiça. Pelo menos quatro pessoas enviaram mandados de segurança ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de derrubar a decisão dos senadores. A informação foi dada pelo portal G1.

requerimentos de quebra de sigilo foram votadas pela CPI nesta quinta-feira (10), tendo 19 alvos. As transferências de sigilo incluem o registro e a duração de todas as ligações realizadas a partir de abril de 2020, cópias do conteúdo armazenado, lista de contatos, cópias de e-mails e localizações de acesso à conta.

Até o momento, já acionaram o Supremo o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; o ex-assessor especial do Ministério da Saúde, Zoser Hardman; a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro; e o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto.

De acordo com o veículo, os advogados de Ernesto Araújo apontam que “o que se vê no requerimento aprovado pela CPI do Senado é uma miríade de atos abusivos que se quer perpetrar contra a intimidade do impetrante, ao vasculhar a sua vida na expectativa de encontrar algo desabonador”.

A defesa de Zoser Hardman classificou a quebra de sigilo de “ilegal e arbitrária” e afirmou que o requerimento não possui “fundamentação concreta para justificar a decretação da medida excepcional e extremada”.

Mayra Pinheiro disse não ver necessidade das quebras de sigilo e apontou não haver “pertinência temática entre a diligência e o objeto investigado”.

Já os advogados de Hélio Angotti Neto afirmaram que ele é “vítima de um ato abusivo praticado pela autoridade impetrada, o qual é desprovido de fundamentação específica, desarrazoado e desproporcional”.

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