Aliança com Alckmin não afeta desempenho de Lula nas pesquisas

Coluna do Cláudio Humberto

Pesquisas mais recentes têm efeito de balde de água fria no otimismo parcial do PT com a presença do ex-tucano Geraldo Alckmin como vice, na chapa liderada por Lula. Noves fora, nada: a pesquisa do Poderdata, realizada dois dias depois do factoide da reconfirmação de Alckmin como vice, acabou por registrar a menor diferença entre o ex-presidente a o atual: apenas 5 pontos percentuais. Nunca estiveram tão próximos.

Factoide falhou

Pouco adiantou a generosa transmissão dos discursos de Lula e Alckmin em redes de rádio e TV, no factoide da semana passada.

Anão político?

A eleição definirá o “tamanho” real de Alckmin, que nas presidenciais de 2018 teve só 4% e em 2010 foi menos votado no 2º turno do que no 1º.

Aproximação

De acordo com o Poderdata, que entrevistou 3 mil eleitores, em pesquisa registrada no TSE sob nº 0368/22, Lula tem 40% e Bolsonaro 35%.

Eleitor feito de bobo

Alckmin não consegue explicar ao eleitor por que agora se juntou àquele a quem se referia como um ladrão pretendendo voltar “à cena do crime”.

No levantamento espontâneo, quando o eleitor é perguntado em quem vai votar, Lula tem 30% e Bolsonaro 23%

Pesquisa presencial ou por telefone, eis a questão

Pesquisas eleitorais com resultados muito diferentes provocam o debate sobre a confiança de entrevistas por telefone em comparação às presenciais. Ao telefone, uma voz gravada pergunta e o eleitor digita o número que corresponde à sua opção, o que torna tudo impessoal e sem interferências, dizem seus defensores. Já as pesquisas presenciais podem sofrer até distorções pelo eventual ativismo dos entrevistadores. Pesquisas face a face mostram diferença maior entre os dois candidatos.

Diferenças

Paraná Pesquisas presencial, fechado dia 5, aponta Lula com 7,3 pontos a mais que Bolsonaro. O Poderdata, por telefone, do dia 12, dá 5 pontos.

Convergência

Murilo Hidalgo, do Paraná Pesquisas, que faz entrevistas presenciais, confia nos dois sistemas e diz que os números acabarão convergindo.

Confiabilidade

Rodolfo Costa Pinto, diretor do Poderdata, acha que profissionais sérios e qualificados garantem a confiabilidade dos dois tipos de pesquisa.

Contra a população

A greve da Receita, que “segura” o trigo importado nos portos do Brasil, deve provocar aumento de produtos como o pão francês. É o tipo de greve que afeta e prejudica só a população que lhes paga os salários.

Jabuti eleitoreiro

O deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) afirmou que a emenda proposta pela deputada Erika Kokay (PT-DF) feriu a autonomia do Tribunal de Justiça do DF e Territórios ao permitir um verdadeiro trem da alegria.

Perdeu o juízo?

Exaltação de Lula como “maior líder popular”, por Alckmin, deixou muitos perplexos. “Todo ser humano pode mudar, mas eu estranho muito mudanças drásticas”, diz a deputada Janaina Paschoal, desconfiada.

Exemplo gaúcho

A folga no Judiciário e Ministério Público federais gerou reação no Rio Grande do Sul, onde a Justiça e o MP estaduais param somente nesta sexta (15) e garantem que vão trabalhar na próxima (22).

Somos reféns de cartórios

A indústria da desconfiança está inquieta com alta de 7% nas emissões de certificados digitais, com mais de 622 mil apenas em janeiro deste ano ao custo de cerca de R$300 cada: R$ 186,6 milhões.

Grande jogada

O cientista político Paulo Kramer exaltou o empresário Elon Musk por se tornar grande acionista do Twitter. “Big Techs tiveram oportunidade de derrotar a grande imprensa, mas preferiram se tornar cúmplices”, diz.

Ah, a ciência…

Governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) prorrogou estado de calamidade pública por 90 dias. O estado tem apenas 23% dos leitos ocupados e registra cerca de 240 casos de covid por dia.

Data histórica

Há apenas seis anos, em 16 de abril de 2016, a Câmara dos Deputados aprovava o relatório favorável ao afastamento da então presidente Dilma, cria de Lula no PT, que foi alvo de processo de impeachment.

Pensando bem…

… Alckmin não é o vice dos sonhos, mas a desculpa dos sonhos para justificar uma derrota de Lula.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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