Sacramentada no último sábado (26), a união de 11 partidos contra a proposta do voto impresso no Brasil contou com a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nos bastidores, segundo a Folha.
De acordo com a publicação, na segunda-feira (21), durante jantar, ele afirmou a Bruno Araújo (PSDB), Paulinho da Força (Solidariedade), Baleia Rossi (MDB) e Orlando Silva (PC do B) que seria melhor que a questão não chegasse ao STF, pois isso geraria mais desgaste entre a corte e Jair Bolsonaro, que tem o voto impresso como bandeira.
Após o apelo, os presidente se dividiram para buscar seus pares e chegaram ao time composto por partidos de posições políticas variadas, incluindo aliados de Bolsonaro: PSDB, MDB, PP, DEM, Solidariedade, PL, PSL, Cidadania, Republicanos, PSD e Avante.
O conteúdo ressalva que a eventual aprovação da PEC do voto impresso no Congresso dificilmente deixaria de ser judicializada, obrigando o STF a se manifestar. Com o sucesso do esvaziamento da pauta, articulado por Moraes, ela não chegaria à corte. Moraes será o presidente do TSE nas eleições de 2022.