Presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, posaram de mãos dadas com o presidente Lula. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Davi Soares
Em clima de harmonia com o governo de Lula (PT), o presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), inaugura os trabalhos do ano legislativo de 2025, às 16h desta segunda-feira (3), no Plenário da Câmara dos Deputados. A sessão conjunta reunirá deputados e senadores, para abrir a 3ª Sessão Legislativa da 57ª Legislatura, com a leitura da mensagem do presidente da República, que será lida pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Antes do ato solene, Alcolumbre se uniu ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em sua primeira reunião de trabalho com Lula. E, antes do encontro desta manhã, o chefe do Palácio do Planalto afirmou à imprensa que sua convivência com os presidentes da Câmara e do Senado será harmônica e um exemplo para o contexto que tratou como de restabelecimento da democracia no Brasil, após os ataques de 8 de Janeiro de 2023.
Os presidentes sinalizaram a importância do gesto de aproximação do Legislativo com o Executivo. Motta enfatizou a importância de pautas de interesse nacional, bem como do respeito à harmonia e à independência entre os Poderes.
Enquanto Alcolumbre destacou que não haverá tempo para criar crise onde não existe, ao se comprometer com apoiar e aprimorar a agenda do governo petista, para melhorar a vida dos brasileiros, em uma relação “verdadeira, profícua e duradoura” com Lula.
“Nosso país ainda tem muita desigualdade. A gente não tem tempo de criar crise onde não existe, porque o nosso tempo tem que ser aproveitado integralmente para entregar para as pessoas. Precisamos entregar enquanto Poder Legislativo, precisamos apoiar a agenda do governo e precisamos debater na casa do Povo todas essas agendas importantes que são prioritárias para o governo. Inclusive participar mais propondo mais iniciativas”, disse Alcolumbre.
Eleitos para comandar a Câmara e o Senado no último sábado (1º), Motta e Alcolumbre estarão juntos na abertura dos trabalhos, nesta tarde, com a presença do representante do governo de Lula; do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e por lideranças partidárias.
Antes da abertura oficial dos trabalhos legislativos, haverá a tradicional solenidade externa, com participação de tropas das Forças Armadas. Sem tiros de canhão, nem subida de rampa, a solenidade poderá transferida para o Salão Branco do Congresso, se chover.
Mensagens e prioridades
A declaração de abertura do ano legislativo por Alcolumbre, na sessão solene, será seguida pela leitura da mensagem do Executivo, documento que indica ao Congresso quais são temas e projetos que o governo de Lula considera prioritários para 2025. Bem como pela mensagem do Judiciário, que deve ser lida pelo ministro-presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
No sábado, antes da eleição do novo presidente da Câmara, deputados citaram os temas que devem ser prioridades para 2025 no Congresso, entre elas estão a conclusão das votações da Lei Orçamentária Anual, a continuidade da regulamentação da reforma tributária, a regulação das redes sociais, o Plano Nacional da Educação, combate à violência e à inflação, e incentivo ao crescimento econômico.
Enquanto governistas focam na votação do Orçamento para antes do Carnaval ou até o fim de março, como prioridade para iniciar debates sobre outras prioridades nacionais, o novo líder da oposição, ensaia trancar a pauta para votar a anistia e libertação de presos nos ataques antidemocráticos do 8 de Janeiro de 2023. E também cobram medidas para o corte de gastos do governo de Lula.
“Este próximo biênio 25-26 é também de muita fiscalização, de muito empenho. A gente precisa avançar na pauta da anistia, a liberdade dos presos de 8 de janeiro. Questão também relacionada à liberdade de expressão, redes sociais, liberdade de imprensa”, indicou o novo líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), ao prometer entregar pautas positivas, diante da dificuldade do governo Lula na entrega de feitos que favoreçam os brasileiros.
“A gente está vendo a inflação subindo, o poder de compras está sendo corroído e o dólar disparando. A gente precisa pensar em sustentabilidade, austeridade, responsabilidade com o gasto público. E realmente o Congresso tem um papel importante porque o governo não tem intenção de fazer isso”, avaliou a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).
(Com Agência Câmara de Notícias)