A mídia estatal do Irã informou nesta segunda-feira, 20 de maio, que a queda do helicóptero que resultou na morte do então presidente, Ebrahim Raisi, e outras autoridades, incluindo o ministro das Relações Exteriores, foi atribuída a uma ‘falha técnica’.
A aeronave envolvida era um modelo Bell 212 com mais de 40 anos de uso. De acordo com a imprensa americana, não houve substituição de peças desde 1986.
O mais recente acidente envolvendo um Bell 212 ocorreu em setembro de 2023, durante um voo privado nos Emirados Árabes Unidos.
Ebrahim Raisi, como presidente do Irã, desempenhava um papel crucial em questões de política interna. No entanto, ele também estava sendo preparado para suceder o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
A morte de Raisi assume proporções ainda maiores devido a essa possível sucessão.
O líder supremo é responsável por tomar decisões que têm grande impacto no cenário internacional, como a questão de completar ou não a produção de uma bomba nuclear pelo Irã. Caso essa decisão seja tomada, o país teria capacidade para produzir sua primeira bomba em menos de duas semanas.
Além disso, o líder supremo comanda a Guarda Revolucionária, cuja principal função é garantir sua própria segurança. Essa força também desempenha um papel significativo ao financiar grupos como o Hezbollah libanês e o Hamas palestino, espalhando influência e terror no Oriente Médio e em outras partes do mundo.
Essas funções são altamente sensíveis e, atualmente, estão sob a responsabilidade de Khamenei.
No entanto, vale ressaltar que Khamenei, com 85 anos, enfrentou diversos problemas de saúde. Ele já foi tratado por câncer de próstata e, nos últimos dois anos, cancelou sua presença em vários eventos públicos devido a essas questões de saúde.