Agências ‘armam’ recondução, que a lei proíbe

Coluna do Cláudio Humberto

DIRETORES DE AGÊNCIAS “TRAMAM” RECONDUÇÃO

Quase todas estão aparelhadas pelas empresas, cujo lobby sempre “emplaca” a maioria dos seus diretores

Diretores de agências reguladoras como Andre Pepitone, da Aneel (energia elétrica), articulam mudar a Lei das Agências (13.848), que proíbe recondução, utilizando-se de uma jogada esperta para driblar o impedimento. Como? Aprovando nova Lei das Agências, que permita sua recondução para um novo mandato, que agora seria de 5 anos. Assim, eles seriam nomeados “de acordo com a lei em vigor”, isto é, a nova lei. Na imaginação deles, isso descaracterizaria a recondução.

Não têm limites

Nomeados sob vigência de outra lei, a revogada, os espertalhões se habilitariam a nova nomeação sob nova lei, com mandato ampliado.

Lobby coletivo

Dirigentes das 11 agências reguladoras têm interesse na jogada, e até ex-dirigentes, como Dirceu Amorelli (ANP), louco para retomar o cargo.

O poder inebria

Pepitone anda aflito com o fim do seu mandato, em agosto de 2023, e alimenta a fantasia de alterar a lei para continuar no cargo.

Oposição aderindo

No Congresso, a reação é de espanto, mas há parlamentares dispostos a embarcar na mudança casuísta da Lei das Agências.

Foto: Geovana Albuquerque/ SES

Vacinação contra covid tem mais êxito que da gripe

O Brasil chegou a impressionantes 132 milhões de pessoas vacinadas totalmente pelo Ministério da Saúde. O resultado já é melhor que a maioria das vacinações contra a gripe realizadas na última década, que começam com meta de 90%, mas raramente a atingem. Com a média de doses aplicadas ainda acima de 1 milhão por dia, é possível chegar a 90% do público-alvo imunizados contra a covid antes do final do ano.

Script anual

A campanha da gripe começa com aplicação apenas no público-alvo, mas ao fim, sobram doses e a vacinação é liberada para os demais.

Fechado com a vacina

Não há dúvida que o Brasil abraçou a campanha contra a covid e não há sinal de diminuição do comprometimento, como nos EUA e Europa.

Ritmo alucinante

Dados do vacinabrasil.org mostram que em setembro o Brasil tinha 57,5% do público-alvo vacinado. Ao fim de outubro, já passava de 73%.

Fundo terá fundos?

Está na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado de terça (30) o projeto de senador Rogério Carvalho (PT-SE) criando um fundo para “controlar a volatilidade dos preços dos combustíveis”.

Conta dos precatórios

Caso a PEC não seja aprovada, a despesa com precatórios será de R$ 89,1 bilhões em 2022. Equivale a um aumento de 78,7% em relação ao total pago ano passado (R$ 49,9 bilhões) e quase 1% do PIB brasileiro.

Gente ruim

Indicadores de perda de confiança na economia são filhos diletos dos ativistas do apocalipse, “analistas do mercado” que ignoram ou relativizam o que é positivo, e superestimam tudo o que é negativo.

O campo bombando

O comércio de máquinas agrícolas bateu recorde em 2021, no Brasil impressionante crescimento de 40%, segundo a Abimaq, ONG dedicada a pesquisa e desenvolvimento tecnológico da indústria.

Independência

Ao pedir à Anvisa a inclusão de BioManguinhos como produtora de IFA para vacinas contra covid-19, a Fiocruz deve, até o fim do ano, ter a capacidade de entregar as primeiras vacinas 100% feitas no Brasil.

Figura manjada

Relator da proposta que limita o valor das emendas do relator, Marcelo Castro (MDB-PI) já avisou que vai “cumprir à risca” a decisão do STF. Ele foi o ministro da Saúde do governo Dilma, de triste memória.

Em Portugal

A bandeira de Portugal completa 111 anos nesta quarta (1º). Adotada em 1910, a flâmula verde-rubra é símbolo da República criada naquele ano, após mais de 800 anos de uso do branco e azul da monarquia.

Estados ingovernáveis

Presidente do conglomerado argentino Techint, Paolo Rocca defendeu a função do setor privado durante o Alacero, encontro da indústria do aço latino-americana. “Se não mudarmos (o crescente papel do Estado na região) os países da América Latina serão ingovernáveis”.

Pergunta nos postos

Quando notícia da África derruba o preço do petróleo no mundo, é globalização. E depois, quando a gasolina não cai no Brasil, é o quê?

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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