AGARRANDO O QUE RESTOU

OPINIÃO DO GUTO DE PAULA

O depoimento de Lula à PF na íntegra e em detalhes - O Cafezinho

Acompanhando a recente entrevista do ex-ministro Sérgio Moro, será possível fazer uma reflexão sobre as consequências de uma decisão prematura. Levando-se em conta que Moro, por seu indiscutível trabalho contra a corrupção surgiu no cenário brasileiro como um verdadeiro ícone, um paladino da justiça.

Possivelmente um sério candidato, que no futuro poderia pleitear até uma vaga na Presidência da Republica, tal era sua ascensão positiva junto à mídia. De repente, trocou o pé pelas mãos destruindo uma imagem positiva chegando ao ponto de ser considerado um “Cavalo de Troia”, um mero “quinta coluna”, ou mesmo um simples traidor.

Supostamente ou não, deu declarações incoerentes durante a pandemia política, que polarizava a opinião pública. Defensor do “fique em casa” e dos anticonstitucionais controles sociais impostos pelo STF e adotados por governadores e prefeitos sem compromisso e divulgados pela mídia consorciada.

Foi demitido ou pediu demissão de seu cargo de Ministro? Ainda não ficou clara essa questão. Mas tornou-se um fato que não teria se alinhado com os princípios do atual governo. Que hoje ele declara em entrevista pública que não eram corretos. Que divergiam de seus princípios éticos e morais. Ou coisa parecida. Esse assunto também continua obscuro.

Colocou então a carroça à frente dos bois e, supostamente, apoiado ou influenciado por sua antiga popularidade, partiu para “carreira-solo”. Quebrou literalmente a cara!

A história política brasileira registra, sem sombra de dúvidas, o fato de que apenas um político saído do ostracismo, “correu por-fora” do sistema convencional e, surpreendentemente, chegou à Presidência.

Moro foi praticamente defenestrado de suas pretensões políticas em São Paulo, e voltou ao Paraná. Segundo ele próprio, com possibilidade de se candidatar a qualquer cargo. Não era nada disso que ele queria.

Mora na filosofia “seu” Moro, um raio dificilmente cai no mesmo lugar. Da próxima vez, caso ela aconteça, se o cavalo passar encilhado: monte! Porém, a sabedoria popular também registra que isso só acontece uma vez.

 

Guto de Paula

Redator da Central São Francisco de Comunicação

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