Ação no TSE escancara a ‘censura como ela é’

Coluna do Cláudio Humberto

A ação movida pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) parece ter sido feita sob medida para forçar lacradores acostumados a “cancelar” aqueles com quem discordam a provar do próprio veneno: a velha censura. Aliados de Bolsonaro não classificam a decisão como cerceamento da liberdade de expressão, como agora faz a oposição, mas o próprio presidente exigiu do PL a desistência da ação.

Mesma decisão, outra cor

Apoiadores do presidente comparam a decisão do TSE com outras da corte até contra parlamentar (Daniel Silveira), só que de outra cor.

Empatou

Para o deputado José Medeiros, “estaria apenas empatando o jogo porque pau que bate em Chico, em tese, teria que bater em Francisco”.

Amigo da Justiça

Se a retirada da ação anula a necessidade de votação no plenário do TSE, o assunto morreu sem polêmica. Graças a Bolsonaro.

Deixa xingar

Pessoas próximas relataram que Bolsonaro disse que é preciso deixar xingá-lo quem quiser fazer isso, assim como fazem os que xingam Lula.

O serviço não será disponibilizado em nenhuma outra página da internet. Foto: Agência Brasil

Greve de altos salários no BC tem odor eleitoral

Apesar de pretenderem reajuste salarial de 26,3%, um acinte para tantos privilégios que já acumulam, os servidores do Banco Central (BC) estão sendo conduzidos a fazerem uma greve meramente eleitoral. Eles estão entre os funcionários mais bem pagos do País. Os técnicos do BC, cargo que exige o ensino médio completo, têm salário inicial de R$7,5 mil. Analistas recebem cerca de R$20 mil como o primeiro salário. Em média, R$ 26 mil. Há ainda o cargo de procurador do BC; R$22 mil mensais no início da carreira. Mas planejam parar “pelo aumento”. Uma vergonha.

Mais dinheiro

A greve está sendo ensaiada desde janeiro, quando o sindicato anunciou a ‘entrega’ de 500 cargos comissionados no BC.

Adesão rápida

O sindicato de funcionários BC anunciou que quase dois mil funcionários concursado já aderiram à paralisação.

Outros propósitos

Aumento só pode ser concedido com espaço no orçamento aprovado em lei. Pretender mais grana a seis meses da eleição tem outro propósito.

Sem perigo de dar certo

Substituto do general Silva e Luna na Petrobras, o “consultor” Adriano Pires fará jus ao apelido de “O Breve”: não há a menor relação entre o que deseja o presidente Bolsonaro e o que prega o candidato à vaga.

Crise socialista

Após a eleição de 2014, o PSB, partido de estreia do técnico Vanderlei Luxemburgo na política, passou de quatro para sete senadores. De lá para cá, só diminuiu. Em 2022, já não tem representantes no Senado.

Caminho inverso

Em 2014, a primeira eleição federal da qual participou o PSD, o partido de Gilberto Kassab conquistou duas vagas no Senado. De lá para cá, percorreu caminho inverso do PSB. Hoje é a segunda maior bancada.

Mira no Planalto

O governador João Doria (PSDB) se emocionou com vídeo preparado por sua equipe para marcar as conquistas do mandato que deixa esta semana. “Está preparado para mais um combate”, disse um interlocutor.

Adeus covid

Em todo o planeta, números mostram que a pandemia dá sinais de ter ficado para trás. Segundo o Worldometer, a média de mortes é de 4 mil por dia, o menor nível desde 31 de março de 2020. Início da pandemia.

Terminologia importante

Entre os dados do Ipea que ganharam as manchetes, está o número de “pessoas ocupadas” superior ao pré-pandemia, mas a nota da entidade fala em “desemprego menor” em diversos segmentos da economia.

Economia forte

Economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez disse que a arrecadação recorde de fevereiro foi abaixo do previsto, mas está em um patamar forte, ajudando a manter “os resultados fiscais positivos”.

Censuras e ‘censuras’

O cientista político Ismael Almeida lançou pergunta para confirmar se censura tem lado. “O que aconteceria se Allan dos Santos ou Daniel Silveira mandassem um ministro do TSE ir ‘cagar’”, como fez Anitta?

Pensando bem…

…ressuscitaram o velho Oscar a tapa.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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