Depois de três meses nos Estados Unidos, ex-presidente retorna ao país para liderar a oposição
Bolsonaro está de volta ao país, para liderar a oposição | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou ao Brasil, na manhã de quinta-feira 30. Ele ficou nos Estados Unidos quase três meses e agora volta ao país de origem para liderar a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
No Estúdio Oeste, Silvio Navarro, Cristina Graeml e Fabiana Barroso comentam a volta do ex-presidente ao Brasil. A expectativa em relação ao retorno de Bolsonaro motivou o artigo de capa da Edição 158 da Revista Oeste.
“Jair Bolsonaro está enfim de volta ao Brasil e à política brasileira”, escreveu o colunista J.R. Guzzo. “A pergunta é: para quê? Durante estes três últimos meses que passou nos Estados Unidos, sem dar maiores satisfações sobre por que tinha ido e por que quis voltar, o ex-presidente esteve numa situação torta. Deixou aqui, entregue à cadeia do ministro Alexandre de Moraes, uma multidão de milhares de brasileiros que estavam acampados na frente dos quartéis para lhe dar apoio e protestar contra o resultado das eleições que o Tribunal Superior Eleitoral anunciou. Não disse, com clareza, se era a favor ou contra. Não disse nada de fato relevante a respeito de nada; ficou resmungando contra o TSE, como arquibancada de campo de futebol que vaia o juiz mas não influi no resultado do jogo. Continuou repetindo aquela história de ‘quatro linhas’ que ninguém aguenta mais ouvir e que, de resto, não tem utilidade prática nenhuma. Deixou claro que nunca foi um líder para as Forças Armadas. Começou a aparecer como o presidente brasileiro que teve o maior apoio da rua em todos os tempos — mas que não soube devolver o apoio recebido, e nem transformar sua força popular em vantagem política real. Muito bem: eis ele aí de volta, e não mais para o papel do ex-presidente com prazo de validade vencido que a sua conduta recente parecia ter lhe reservado. Bolsonaro, ao desembarcar em Brasília no dia 30 de março, está se apresentando como o possível comandante da direita brasileira.”
REVISTA OESTE