A REALIDADE E A PESQUISA POLÍTICA

Destaque

 

Pesquisar tem sido desde os primórdios da Ciência, um dos principais dispositivos na busca da realidade provável. Com o resultado dela, as suposições são confirmadas ou descartadas. Para tanto é indispensável que a metodologia aplicada seja tanto honesta como bem aplicada.

Na pesquisa política a busca se divide em duas partes distintas: quantidade e qualidade. Na busca da quantidade que pode ser buscada através do estímulo ou da espontaneidade, é público e notório que o resultado venha a sofrer a influência da velocidade com que as coisas acontecem e são divulgadas. Ou seja, o que hoje é realidade, amanhã ou mais tarde pode se modificar.

Porém, na busca qualitativa, principalmente quando se vale da espontaneidade ou mesmo até do estímulo, os resultados passam a ser mais confiáveis. Com os resultados dos dados qualitativos, é possível orientar o discurso e focar nos elementos que receberam menor percentual de resposta.

Sobre essa ótica, os dados quantitativos podem ser considerados até certo ponto volúveis, pois sofrem a influência da velocidade com que as coisas acontecem e se modificam. No entanto essas influências nos dados qualitativos tendem a ser proporcionalmente mais fixos.

Na questão da rejeição e da aceitação, a primeira corre e é divulgada mais rápido e com tendência natural de ser contagiosa. A segunda é proporcionalmente mais fixa, pois é sedimentada pela paixão, preferência ou mesmo alienação.

Considerando a velocidade da informação nos dias de hoje, alimentada pela mídia tradicional e pela profusão monumental das redes sociais, os resultados obtidos em uma pesquisa de cunho político correspondem exclusivamente ao momento em que foram prospectados. No amanhã podem ser facilmente modificados. Principalmente se os dados qualitativos forem considerados, estudados e resultarem em uma estratégia capaz de reverter esse quadro.

Apesar de todas essas informações, os resultados de uma pesquisa política só são conhecidos por quem a encomendou. Seja ela bem feita ou até mal elaborada. Observem que na eleição passada os mais poderosos e “confiáveis” institutos de pesquisa revelavam uma vitória esmagadora de Dilma Roussef e ao conferirem o resultado, após a eleição, ela sofreu uma fragorosa derrota.

No senso comum, se o candidato opta por encomendar uma pesquisa, pode se afirmar que ele está tendo o cuidado por saber onde de fato, se encontra nesse contesto. Caso contrário, estará por sua própria sorte e se submeterá a ser considerado “coitado”, quando as urnas revelarem a realidade.
Guto de Paula

 

Redator da Central São Francisco de Comunicação, divulgado pelo Blog do Itapuan, Facebook, Youtube, Zap e por todos os que amam o Brasil.

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